O Grito do Bugio

 ANIMAL WORLD

 O Bugio também conhecido como Guariba ou Barbado está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros. Ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba.
O Alouatta guariba é a espécie de bugio que habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia (subespécie Alouatta guariba guariba) até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones (Subespécie Alouatta guariba clamitans). As duas subespécies constam na lista do Ibama como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.
O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.
• Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias.
• Filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida.
• Maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos.
• Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.
• Pouco ativo, se locomove vagarosamente com a auxílio de sua cauda preênsil, que pode atingir 80 cm.
• Pode atingir até 9 kg de peso.

Quando amanhece em algum lugar de uma floresta tropical da América do Sul ouvem-se rugidos crescentes. Primeiro um, em seguida outro e depois outro, cada qual mais forte e penetrante. São os bandos de bugios comunicando a sua localização uns para os outros, como se cada indivíduo estivesse dizendo: "Estou no pedaço."
O grito é a sua característica mais importante (um ronco forte). É interrompido e recomeçado várias vezes durante minutos e até horas. Costuma ser emitido também quando são observados outros grupos se aproximando ou com a invasão do território por outro indivíduo.
Quem ouve o ronco assustador do bugio nem imagina que por trás daquele estrondo e da barba espessa, esconde-se um macaco tímido, que vive em pequenos grupos, de três a doze indivíduos, de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto. Quanto ao seu tempo de vida, pouco se sabe, pois trata-se de um animal que não se adapta bem ao cativeiro.
A amplificação da potência desses sons é obtida graças ao hióide, pequeno osso situado entre a laringe e a base da língua. Na presença de um predador, ou de outros grupos de bugios o hióide funciona como uma caixa de ressonância.
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Disponível em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Bugio

SOS Planeta Terra: Perigos do Lixo Hospitalar


Lixo hospitalar é a classificação dada à produtos sem valor e considerados perigosos produzidos dentro de um hospital, como seringas usadas, aventais, etc. Por serem perigosos, podendo conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante produzido dentro do hospital (restos de comida, etc), e é geralmente incinerado. Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que mantiveram constante contato com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.
Há, no Brasil, mais de 30 mil unidades de saúde, produzindo resíduos e, na maioria das cidades,a questão da destinação final dos resíduos urbanos não está resolvida. Predominam os vazadouros a céu aberto.Da mesma forma que para os resíduos sólidos
em geral, as propostas de gerenciamento para os resíduos hospitalares tem-se fundamentado em padrões do Primeiro Mundo.A questão central que se coloca é sobre a
periculosidade ou não dos resíduos hospitalares. Embora esta seja uma questão não-resolvida, os países desenvolvidos adotam uma política cautelosa e consideram tais resíduos como resíduos que exigem tratamento especial (perigosos, patogênicos, patológicos, entre outras denominações). A recomendação de incineração dos resíduos, ou de parte deles, é uma constante. Uma pesquisa realizada em 1986 nos Estados Unidos revelou que, embora em apenas cinco estados os medical wastes fossem considerados perigosos, do ponto de vista legal, em todos os estados a autoclavagem ou a incineração eram recomendadas ou obrigatórias. No Brasil os resíduos hospitalares estão ainda pouco estudados.Dois documentos: “Management of Waste from Hospitals – WHO” (1983) e “EPA Guide for Infections Waste anagement(1986), serviram
de referência básica para a maior parte dos trabalhos elaborados no Brasil, com vistas ao gerenciamento dos resíduos hospitalares. Esta influência é nítida nos documentos que se seguem, onde os resíduos hospitalares ou parte deles são considerados perigosos.
• “Subsídios para Organização de Sistemas de Resíduos em Serviços de Saúde
– Centro de Vigilância Sanitária – Suds – SP” (1989).
• “Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR-10004; NBR-12807;
NBR-12808; NBR-12809; NBR-12810”.
• “Legislação de vários municípios, estabelecendo a incineração dos resíduos hospitalares: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outros”(1989).
• “Portaria no 063 de 1979 do Ministério do Interior, tratando da obrigatoriedade da
incineração dos resíduos hospitalares (em 1991 o Conama desobrigou a incineração
do lixo hospitalar)”.

A inadequação de tal enfoque, verifica-se na prática, com a quase total ausência de incineradores para lixo hospitalar instalados e/ou em operação no Brasil, e no pequeno número de unidades de saúde que manuseiam seus resíduos dentro
de padrões considerados satisfatórios.Avaliação feita em sete hospitais de Campo
Grande – Mato Grosso do Sul, concluiu: “os sistemas de manipulação dos resíduos hospitalares continuam negligenciados e tão precários como há décadas atrás” (Moraes, 1988: 39). Parte dos resíduos eram incinerados a céu aberto e o restante era disposto no aterro de lixo do município. Em Florianópolis “a maioria absoluta dos
hospitais não tem normas adequadas de manuseio interno dos resíduos hospitalares. Como regra geral as unidades hospitalares desconhecem o volume e a qualidade dos resíduos que produzem e o destino dado aos mesmos” (Pinheiro,1993: 36).
Recentemente, os jornais noticiaram sobre catadores, comendo carne humana de resíduos hospitalares dispostos inadequadamente em vazadouro a céu aberto, em Pernambuco. A escassez de recursos para o setor de saúde e a dificuldade dos hospitais em implementar sistemas de manuseio dos resíduos, exigem das comunidades técnocientífica e política (?), repensar a questão.Em alguns municípios, dos quais São Paulo e Rio de Janeiro são dois exemplos maiores, a adoção de usinas de reciclagem e compostagem para tratamento e destino do lixo urbano e a dúvida sobre a periculosidade dos resíduos hospitalares, levaram à implementação de sistemas diferenciados específicos para sua coleta, com ele318 Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, abr/jun, 1995 Ferreira, J. A.vação dos custos operacionais, e a utilização de outro destino para os mesmos (até o presente, em aterros). Já se discute, ainda que em âmbito limitado, a instalação de incineradores centrais para resíduos hospitalares. Usinas de incineração têm custos estratosféricos para os orçamentos públicos terceiromundistas.Apesar disso, Porto Alegre, Curitiba, Americana, Guarulhos, entre outras, estudam (1992) a incineração dos resíduos hospitalares.E o meio ambiente? Não pretendemos reduzir sua importância, pelo contrário, consideramos
que a oportunidade que temos nos países subdesenvolvidos, de não perder a corrida contra o meio ambiente (o homem como integrante do mesmo), reside em não reproduzirmos os modelos vigentes nos países desenvolvidos.Na parte final deste trabalho vamos alimentar a polêmica sobre a periculosidade ou não dos resíduos hospitalares.

Processos de Destino:
*Incineração:a incineração do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, trata-se da queima o lixo infectante transformando-o em cinzas, uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados.
*Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito utilizado. Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, mas o espaço para todo o lixo produzido ainda é um problema em muitas cidades.
A maioria dos hospitais tomam pouco ou quase nenhuma providência com relação às toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos limitam-se ou a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais, quando estes existem, ou lançam diretamente em lixões ou simplesmente queimam os resíduos.
Torna-se importante destacar os muitos casos de acidentes com funcionários, envolvendo perfurações com agulhas, lâminas de bisturi e outros materiais denominados perfuro-cortantes. O desconhecimento faz com que o chamado "lixo hospitalar", cresça e amedronte os colaboradores e clientes das instituições de saúde.

Lixos Não-Infectantes
- Especiais
Radioativos: compostos por materiais diversos, expostos à radiação; resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).

- Comuns
Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de preparo de alimentos, estes não poderão ser encaminhados para alimentação de animais.

Algumas Soluções
Os constantes problemas, o desconhecimento, o medo, mas principalmente o desejo de que o assunto fosse tratado de uma forma técnica, profissional, levou-se a desenvolver um projeto que resolvesse definitivamente o problema.

Objetivos do projeto:
- Elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos serviços de saúde";
- Permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos. A atividade hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em dezenas de setores com atividades diversas;
- Estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino adequados;
- Reduzir ou se possível eliminar os riscos a saúde dos funcionários, clientes e comunidade;
- Eliminar o manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte geradora;
- Permitir o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários;
- Reduzir o volume de resíduos para incineração e coleta especial;
- Colaborar para reduzir a poluição ambiental, gerando , incinerando e encaminhando aos órgão públicos a menor quantidade possível de resíduos.
-Resíduos sólidos do grupo A deverão ser acondicionados em sacos plásticos grossos, brancos leitosos e resistentes com simbologia de substância infectante. Devem ser esterilizados ou incinerados.
-Os restos alimentares in natura não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais.

A PERICULOSIDADE:

Os resíduos hospitalares, comparados aos domiciliares, são mais, menos ou igualmente perigosos? A literatura sobre o assunto tende a minimizar a periculosidade, mais especificamente, a condição infecciosa dos resíduos hospitalares. Nos Estados Unidos, até 1986 a EPA “afirmava que não existia definição universalmente
aceita para resíduos infecciosos”.Além disso a EPA “ainda não estabeleceu
regulamentação para gerenciamento de resíduos infecciosos, que teria efeito de lei, nem trouxe a público qualquer evidência de que haveria de fato uma relação entre o gerenciamento ou o mau gerenciamento de resíduos hospitalares infecciosos e doenças infecciosas produzidas na população que tenha estado em contato com tais resíduos” (Dugan, 1992: 348).A preocupação da população com os resíduos hospitalares tem aumentado principalmente após o advento da AIDS. “Entretanto, existem ainda
dúvidas na compreensão dos modos de transmissãodos agentes associados a doenças originárias do sangue” (Li & Jenq, 1993: 145). “A maioria, se não todos os receios do
público sobre os riscos de infecção por resíduos de serviços de saúde (agulhas são
uma exceção), considerados diferentes do lixo domiciliar, antes e depois da disposição,
têm pouca base científica”(Collins & Kenedy, 1992: 05)
Na conclusão de um artigo sobre tratamento de resíduos hospitalares Plassais (1993) indaga: “mas este tipo de resíduo gera algum risco epidemiológico para a população”?
No Relatório Preliminar sobre Gerenciamento de Resíduos Hospitalares nos Estados Unidos, enviado ao Congresso em 1990, a EPA “reconhecia que, a maioria dos especialistas na área,eram de opinião de que os mesmos não apresentam riscos à população, mesmo quando são mal gerenciados ou impropriamente dispostos”
(Dugan, 1992: 349).“Entre os trabalhadores que atuam na limpeza e remoção dos resíduos hospitalares, a preocupação com AIDS e Hepatite B transmitidas pelos resíduos aumentou consideravelmente, embora não exista comprovação epidemiológica de tal transmissão” (Turnberg & Frost, 1990: 1262) “A percepção pública dos riscos associados aos resíduos hospitalares, gerou a promulgação de legislação baseada mais em histeria e motivação política que em fatos científicos” (Keene, 1991: 682).

Os problemas que o lixo causa:
• Se o lixo é constantemente jogado em rios ou córregos, vão se acumulando a ponto de não permitir o fluxo da água para locais onde o rio é canalizado. Isto resulta nas enchentes;
• O lixo exposto ao ar, atrai inúmeros animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os fungos, fazendo seu fantástico papel na natureza. O cheiro da decomposição se alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e urubus, que além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo, se proliferam, pois o local também lhes oferece abrigo. Estes animais são veiculadores (vetores) de muitas doenças, podendo citar-se a febre tifóide, a cólera, diversas diarréias, disenteria, tracoma, peste bubônica;
• Quando o lixo se acumula e permanece por algum tempo em determinado local (solo), começa a ser decomposto por bactérias anaeróbicas, resultando na produção de chorume, que é 10 vezes mais poluente que o esgoto. Isto por que o chorume dissolve substâncias como tintas, resinas e outras substâncias químicas e metais pesados de alta toxicidade, contaminando o solo e impedindo o crescimento das plantas, ou fazendo com que estas substâncias se acumulem na cadeia alimentar.
• Quando chove, o solo se torna mais permeável e os líquidos que saem do lixo podem chegar até os lençóis freáticos e águas subterrâneas (processo conhecido como lixiviação), poluindo águas de rios que servem de habitat para inúmeras espécies e fonte de água para muitas outras, inclusive o homem. A poluição pelo lixo pode chegar até o oceano atingindo mais e mais espécies, causando considerável desequilíbrio ecológico;

. Mesmo que os resíduos sólidos não sejam queimados, o material orgânico em decomposição gera, além do chorume, gás metano (CH4) e outros gases (como o gás sulfídrico), que causam odores desagradáveis, escurece a pintura dos edifícios vizinhos e se torna explosivo quando colocado em um depósito próximo ou outro espaço fechado. Além disso, algumas pessoas podem vir a desenvolver doenças respiratórias;
• É muito comum o lixo ser queimado para diminuir o volume, evitando uma aparência desagradável e a proliferação dos vetores. A queima de qualquer material libera CO2 (gás carbônico) na atmosfera, gás tóxico em grandes quantidades (o que já acontece devido à emissão por fábricas e carros). Além deste, outros gases, também altamente tóxicos, são liberados na atmosfera quando o lixo é queimado à céu aberto;
• Com a incineração, os problemas como doenças, quantidade e volume excessivos, alguns problemas de toxicidade e má aparência são amenizados, mas ainda assim é necessário destinar adequadamente o que sobrou desta queima (escórias e cinzas) para evitar outros problemas, pois os resíduos ainda oferecem risco potencial ao ambiente. Durante a incineração, os resíduos são potencialmente perigosos: O plástico é o pior deles. Podem-se formar, com a incineração, ácidos halogenados a partir das moléculas de cloro presentes em alguns plásticos (como o PVC) que são responsáveis, junto com outras substâncias poluentes, pela acidificação de águas e de solos e pela síntese de dioxinas e furanos. Assim, para que este sistema seja eficiente, é necessário um sistema de tratamento rigoroso de gases (o que tem um custo muito elevado e, portanto, não é muito praticado).
• O acúmulo de lixo na paisagem traz problemas de ordem estética. Já pensou em morar em um bairro próximo a um lixão? As áreas próximas a lixões ou até mesmo aterros sanitários perdem seu valor monetário;
• Além disso, o acúmulo de lixo em determinada região impossibilita o uso do espaço para outras finalidades (cada tonelada de lixo solto, isto é, sem sofrer compactação, ocupa um volume entre 3 e 5m3).
• Quanto mais lixo é gerado, maiores são os gastos da prefeitura e do governo com os serviços necessários para a manutenção de uma cidade ou país. Em uma cidade, os gastos públicos para lidar com os resíduos são espantosamente altos. Enquanto isso, os gastos com a saúde, educação e outros serviços fundamentais parecem estar sendo insuficientes. Uma vez ‘resolvidos’ os problemas com o lixo, muitos problemas como o de abastecimento, da saúde e do desemprego também poderiam ser amenizados: a diminuição do desperdício poderia fazer com que alimentos, utensílios e outros bens fossem mais bem distribuídos para a população; as doenças causadas pelo lixo iriam diminuir se este fosse destinado adequadamente; poderiam ser criados novos empregos relacionados à gestão dos resíduos urbanos se ambos a população e o Poder Público se preocupassem e se envolvessem mais com esta questão. Assim, este assunto é de extrema importância na busca do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

> Ou acabamos com o lixo ou o lixo acaba com a gente...
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Partes do texto disponível no site Ambiente Brasil: www.ambientebrasil.com.br

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, W. V., 1992. Tecnociência, Ética e Natureza ou Considerações sobre o Desafio dos Desafios. Versão Preliminar. Rio de Janeiro: IFICS/UFRJ. (Mimeo.)
CARNEIRO LEÃO, E., 1992. A Ética do desenvolvimento. In: Saúde, Ambiente e Desenvolvimento (M. C. Leal; P. C. Sabroza; R. H. Rodriguez & P. M. Buss, orgs.), pp. 217-232, vol. 2, São Paulo: Hucitec/Rio de Janeiro: Abrasco.
COLLINS, C. H. & KENEDY, D. A., 1992. The microbiological hazards of municipal and clinical wastes. Journal of Applied Bacteriology, 1: 01-06.
D'AVIGNON, A., 1993. Alumínio: energia solidificada? Ecologia e Desenvolvimento, 25: 26-29.
DUGAN, S. F. X., 1992. Regulated medical waste: Is any of it infectious? New York State Journal of Medicine, 8: 349- 352.
EPA (Environmemtal Protection Agency - Office of Solid Waste), 1986. Guide for Infections Waste Management. Washington, DC: EPA.
FEDORAK, P. & ROGERS, R., 1991. Assessment of the potential health risks with the dissemination of micro-organisms from a landfill site. Waste Management & Research, 6: 537-563.
GUATTARI, F., 1989. As Três Ecologias. São Paulo: Papirus.
KEENE, J. H., 1991. Medical Waste: A Minimal Hazard. Infection Control and Hospital Epidemiology, 12: 682-685.
[ Medline ]
LI, C. S. & JENQ, F. T., 1993. Physical and Chemical Composition of Hospital Waste. Infection Control and Hospital Epidemiology, 14: 145-150.
[ Medline ]
FERREIRA, J. A. Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: Uma Discussão Ética. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, abr/jun, 1995.

Meio Ambiente: Comunidades de Macrófitas Aquáticas

As plantas aquáticas são conhecidas pelos pesquisadores como macrófitas aquáticas (macro = grande, fita = planta). São vegetais que habitam desde brejos até ambientes totalmente submersos (isto é, debaixo d'água). As macrófitas aquáticas são, em sua grande maioria, vegetais terrestres que ao longo de seu processo evolutivo, se adaptaram ao ambiente aquático, por isso apresentam algumas características de vegetais terrestres e uma grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes (o que torna sua ocorrência muito ampla).
Os grupos de macrófitas aquáticas são relacionadas quanto ao seu biótopo,que são denominados de grupos ecológicos.

  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS EMERSAS: plantas enraizadas no sedimento e com folhas fora d’água. Ex.:
Taboa (Typha angustifólia L.)
Planta perene, herbácea, ereta, rizomatosa, de caule cilíndrico, com 2-3 m de altura, nativa da Am. do Sul. Propaga-se por sementes e vegetativamente através de rizomas. É bastante vigorosa, chegando a produzir 7 mil Kg de rizomas por hectare.


Outros exemplos: Pontederia, Echinodorus, Eleocharis, etc.
  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS COM FOLHAS FLUTUANTES: plantas enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície da água.Ex.:
Vitória-régia (Victoria amazônica)
A vitória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metro de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) é branca e abre-se apenas à noite, a partir das seis horas da tarde, e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre", mantem-se aberta até aproximadamente as nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam prisioneiros. Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios)em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d'água.


  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS SUBMERSAS ENRAIZADAS: plantas enraizadas no sedimento, que crescem totalmente submersas na água. A maioria tem órgãos reprodutivos flutuando na superfície ou aéreos.Ex:
Erva-d’água ( Egeria densa)
Planta perene, aquática submersa, enraizada, herbácea, pouco ramificada. É frequentemente usada em aquários, mas pode ser uma planta daninha, infestando principalmente mananciais de água parada como lagoas, represas e pequenos tanques de criação de peixes.


Outros exemplos: Myriophyllum, Elodea, Hydrilla, Vallisneria etc.

  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS SUBMERSAS LIVRES: são plantas que têm rizóides pouco desenvolvidos e que permanecem flutuando submergidas na água em locais de poça turbulência . Geralmente ficam presas aos pecíolos e talos das macrófitas aquáticas de folhas flutuantes e nos caules das macrófitas emersas.Ex.:
Utriculária ( Utricularia foliosa L.)
Planta aquática submersa de mananciais de água parada e rasa, possuindo armadilhas para aprisionar pequenos insetos o outras formas de animais.Facilmente reconhecida no ambiente aquático pelo aspecto filiforme de suas inflorescências que emergem à superfície da água.


  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS FLUTUANTES: são aquelas que flutuam na superfície da água. Geralmente seu desenvolvimento máximo ocorre em locais protegidos pelo vento.Ex.:
Aguapé ( Eichhornia crassipes)
Planta perene, aquática flutuante, de caule curto e inflado, com tufo de raízes finais de até 60 cm de comprimento, nativa da Amazônia. É considerada a mais séria planta daninha aquática existente no país, devido a sua rápida proliferação e desenvolvimento, além de suas raízes abrigarem os caramujos transmissores da esquistossomose.


Outros exemplos: Salvinia, Pistia, Lemna e Azolla etc.

A alta produtividade das macrófitas aquáticas é um dos principais motivos para o grande numero de nichos ecológicos e a grande diversidade de espécies animais encontradas na região litorânea, constituindo-se, desta maneira, num dos compartimentos mais complexos dos ecossistemas aquáticos continentais ( PERFOUND,1956 e BERNATOWICZ, 1969).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

PERFOUND, W.T. Primary production of vascular aquatic plants. Limonol Oceong, 1956
BERNATOWICZ,S Macrophytes in tem lake Warnisk and their chemical composition, Ekol Pol, 1969
ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Ed. Interciência, 1998
LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. São Paulo: Nova Odessa, 2000

Turismo na Amazônia: Presidente Figueiredo, a terra das cachoeiras


Imagine-se num lugar assim: Florestas, rios, cachoeiras e cascatas, um mundo mágico que a natureza reservou para você. Presidente Figueiredo nasceu com vocação natural para o turismo. A Terra das Cachoeiras tem trilhas para caminhadas na selva, visita às cavernas, passeios de barco no lago de Balbina, visita à Hidroelétrica e tantas outras opções que incluem o turismo ecológico e de aventura. O município de Presidente Figueiredo foi criado em 1981 e recebeu este nome em homenagem ao primeiro Presidente da Província do Amazonas, João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha (1798-1861).
Localizado a 107 Km ao norte de Manaus, com acesso pela BR 174, esse pedaço de paraíso amazônico tem uma área de 24.781 km² distribuída em reservas ecológicas, reserva indígena, mineração, hidroelétrica e uma exuberante floresta onde a natureza foi pródiga em esconder os rios, os igapós e as cachoeiras. O município de Presidente Figueiredo está situado a longitude 60o Oeste de Greenwich e Latitude de 02 o sul, com altitude de 120 m.
O Lago de Balbina foi proporcionado pela construção da barragem da hidroelétrica de Balbina, localizado no Município de Presidente Figueiredo, 180 km de Manaus, no Rio Uatumã, um dos afluentes do Rio Amazonas.
O Clima é quente e úmido com temperatura média entre 25o C e 35o C.
A Vegetação é formada pela Floresta Tropical e há grande predominância de terras acidentadas, e o solo apresenta características arenosa nas áreas mais altas e argila nas áreas mais baixas.
O Rio Uatumã é conhecido pelos principalmente na época da pesca do Tucunaré durante os meses de Setembro a Dezembro, mas a pesca no lago de Balbina pode ser realizado o ano todo sendo excelente para iniciantes.
O Centro de Pesquisa de Quelônios e Mamíferos Aquáticos da Manaus Energia (tartaruga, peixe boi e ariranhas), Centro de Aquacultura do IDAM, que realiza o repovoamento da lagoa afetada pela construção da Hidroelétrica e o Centro de Pesquisas Arqueológicas que trabalhou no resgate do sítio arqueológico antes do processo de inundação. O Centro de Proteção Ambiental merece sua visitação pelo vasto acervo de peças arqueológicas e coleção de animais empalhados.

  • TURISMO:
CACHOEIRA DOS LAGES- Localização: À margem direita da BR 174, Km 113, sendo 4 cachoeiras distribuídas em 1.500 m em trilha no interior da mata.

CACHOEIRA DA PEDRA LASCADA - Localização: À margem direita da BR 174, Km 113, a 1.700 m em trilha no interior da mata. Dentro da área dos lages.

CACHOEIRA DE IRACEMA - Localização: À margem esquerda da BR 174, Km 115, a 400 m em ramal Cachoeira do Santuárioempiçarrado.

CACHOEIRA DAS ARARAS - Localização: A 1.500 m após a cachoeira de Iracema, em trilha no interior da mata. Dentro da área da Cachoeira de Iracema.

CACHOEIRA DA SUFRAMA - Localização: Localizada a margem direita da BR-174, Km 96, a 200 m em trilha no interior da mata

CACHOEIRA DO SANTUÁRIO - Localização: Localizada a margem direita da rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 12, a 1. 200 m em ramal empiçarrado no interior da mata.
CORREDEIRA DO URUBUÍ - Localização: Margem esquerda da BR 174, Km 107, a 300 m da estrada principal.


CORREDEIRA DO BARRETO/BALNEÁRIO BARRETO - Localização: Localizada a margem direita da rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 65, (Igarapé do Barreto).

CORREDEIRA SANTA BÁRBARA - Localização: localizada no Km 9 do ramal do Urubuí, a 300 m. em trilha no interior da mata.

CORREDEIRA SÍTIO SANTA LÚCIA - Localização: Localizada a margem esquerda da Rodovia BR-174, Km 113, a 50 m em trilha empiçarrada.

CORREDEIRA PANORAMA - Localização: Localizada a margem esquerda da Rodovia BR-174, Km 109, a 300 m em trilha na selva.

CORREDEIRA/BALNEÁRIO ÁGUA VIVA - Localização: Localizado na margem direita da Rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 12, a 100 metros em trilha.

CORREDEIRA DO UIRAPURU - Localização: Localizado na margem esquerda da Rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 32, 3 Km de ramal empiçarrado, e caminhada em trilha.
Entrada da Caverna do Maruaga

CAVERNA REFÚGIO DO MAROAGA
- Localização: Localizada a margem direita da rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 6, a 600 m em trilha conservada.

CAVERNAS DE IRACEMA
- Localização: Localizada a margem esquerda da rodovia BR-174, Km 115, a 4000 m. em ramal empiçarrado no interior da Fazenda Iracema. Dentro da área da Cachoeira de Iracema.

CAVERNA DAS ARARAS
- Localização: Localizada a 1500 m. após a Cachoeira de Iracema em trilha margeando o Rio Urubuí. Dentro da área da Cachoeira de Iracema.

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Fotos e texto disponível no site: www.viverde.com.br

Pesca na Amazônia: Pesca No Lago de Tucuruí


O maior Lago artificial do Brasil, originado do represamento do Rio Tocantins para a geração de energia da hidrelétrica de Tucuruí. Localiza-se no sudoeste do estado do Pará.
O lago começou a encher em 1985, deste então ocorreram mudanças significativas na região, pois os pequenos rios e igarapés que desaguavam no Tocantins, eram considerados de altíssima piscosidade, com a inundação destes “braços”, os peixes passaram a ter bastante água durante o ano todo, motivo que levou a proliferação do tucunaré em toda a extensão (2.875 km²) do lago, e isto tem transformado o lago, em um excelente local para a prática da pesca esportiva.
De natureza selvagem, onde encontramos inúmeras ilhas com mata virgem, diversos animais selvagens como: veados, patos selvagem, pássaros, jacarés e outros.

A grande extensão do lago possibilitou-nos a escolha de ótimos locais para a prática da pescas esportivas, locais estes distantes dos pequenos vilarejos existente nas margens, mantendo assim bom resultado em nossas pescarias.
Por se tratar de um lago artificial, a profundidades em determinados pontos é grande, assim exigindo que o pescador use todo o seu conhecimento para alcançar seu objetivo.
A pesca pode ser praticada tanto com isca artificial como com natural, pois em pontos com fundo rochoso (antigo leito do rio Tocantins), encontramos grandes bagres e outros peixes, porém o peixe predominante é o tucunaré, que em média chega a alcançar 4,5 lb.
Nesta aventura encontramos locais como o "lourenção", um enorme pedral no rio Tocantins há poucas horas da sede do município de Marabá ou ainda podemos subir o rio em direção ao encontro dos rios Tocantins e Araguaia, são locais onde podemos encontrar peixes como: cachorra, barbados, jaús, pirarara, pacu, caranha(Pirapitinga) e o tucunaré.


Geralmente em Julho ou Agosto ocorre em Tucuruí o TOPAM que é um dos maiores eventos de pesca esportiva do país e ao longo desses dez anos, atrai turistas do mundo inteiro. Os participantes têm a oportunidade de ver de perto o que a natureza nos fornece. A finalidade do TOPAM é pescar e soltar, assim proporcionar ao participante a satisfação em ter em suas mãos, mesmo que por alguns instantes, um dos peixes mais lutadores da Amazônia e mais esportivos do Brasil: o Tucunaré.
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FOTOS DO AMAZON PESCA

Titanus giganteus "O Rei dos Besouros"

 ANIMAL WORLD 

Um dos maiores insetos, e provavelmente o maior besouro do mundo, é o Titanus giganteus. Ele mede de 15 cm a 16 cm, mas pode alcançar, segundo alguns especialistas, até 20 cm de comprimento. Esse besouro vive nas florestas da Amazônia e é uma espécie r elativamente rara. Embora os estudiosos conheçam pouco sobre seus hábitos, sabe-se que as larvas se criam no interior de grandes troncos caídos, alimentando-se da madeira em decomposição. Elas levam vários meses para se transformar em adultos. Estes, po r sua vez, têm uma vida muito curta, cerca de dois meses, praticamente não se alimentam, voam na época do acasalamento e morrem logo após a reprodução. Vez ou outra, os insetos podem ser atraídos, à noite, por feixes de luz intensa. O Titanus giganteu s pertence aos Cerambycidae, família que reúne besouros designados popularmente como serra-paus. Mas também há outras espécies muito grandes de serra-paus. Uma delas é a Macrodontia cervicornis, espécie endêmica da América do Sul, que alcança 16 cm de comprimento quando se mede a partir da ponta das enormes mandíbulas dos machos. Algumas espécies de outra família, Scarabaeidae, também são muito grandes. Uma delas é a Dynastes hercules, que habita as Américas Central e do Sul na região tropical. Esses insetos têm dois cornos longos, um na cabeça e outro no dorso, que formam uma espécie de pinça. Eles também atingem 16 cm de comprimento e pesam até 37,5 g.

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Disponível no site da Revista Galileu: http:/www.galileu.globo.com

SOS Planeta Terra: Nossos Parentes Mais Próximos Estão Desaparecendo



Após mais de um século sem se ter conhecimento de extinções de primatas, os cientistas confirmaram, recentemente, o desaparecimento de uma subespécie de macaco da África Ocidental. A perda deste macaco, conhecido como “colobus” vermelho de Miss Waldron, pode ser o prenúncio de futuras perdas dos nossos parentes evolucionários mais próximos.
Entre cerca de 240 espécies conhecidas de primatas, 19 estão sob ameaça crítica de extinção, comparado com 13, em 1996. Esta classificação refere-se às espécies que sofreram reduções extremas e rápidas de população ou habitat. Seus números remanescentes variam de menos de poucas centenas até, no máximo, alguns milhares de indivíduos. Caso suas populações continuem a encolher às taxas recentes, algumas espécies não sobreviverão à década. Este grupo, conforme o Livro Vermelho 2000 IUCN, da World Conservation Union, inclui 8 macacos da Mata Atlântica do Brasil, onde 97% da floresta já se perdeu, 2 gorilas e um macaco da Indonésia, 3 macacos do Vietnã, 1 do Quênia e Peru, respectivamente, e 3 espécies de lêmures de Madagascar.
Em nível de perigo – o grau seguinte de espécies ameaçadas da IUCN – há 46 espécies de primatas, contra 29 em 1996. Estas espécies enfrentam uma alta probabilidade de extinção, algumas dentro dos próximos 20 anos. Mais 51 espécies estão relacionadas como vulneráveis. Estes primatas têm uma população ligeiramente maior, mas ainda podem desaparecer dentro deste século. Espécies sob ameaça crítica, ameaçadas e vulneráveis totalizam 116, ou quase a metade das 240 espécies de primatas.
Quando a última Idade do Gelo terminou 10.000 anos atrás, os babuínos superavam os seres humanos numa relação de 2 para 1. Se todas as populações primatas não-humanos fossem contadas conjuntamente, incluindo as grandes populações de algumas das espécies menores, teriam minimizado a população humana. Hoje, isto mudou. O desenvolvimento da agricultura facilitou o rápido crescimento populacional humano e, cerca de 2.000 anos atrás, os seres humanos – totalizando 300 milhões – se tornaram os mais numerosos dos primatas. Em 1930, a população humana de 2 bilhões, provavelmente suplantava todos os primatas juntos.
Hoje, com 6,1 bilhões e aumentando, estamos ameaçando a sobrevivência de muitos dos nossos primos primatas, inclusive nossos parentes mais próximos, os chimpanzés e bonobos, com os quais compartilhamos mais de 98% do nosso genoma. Os outros também estão muito próximos, não apenas geneticamente mas também no comportamento observado. Todavia, com os 300.000 bebês humanos nascidos a cada dia excedendo a população total dos grandes macacos, até mesmo nossa proximidade evolucionária não poderá evitar que erradiquemos nossos afins.
Embora os seres humanos hoje habitem todos os cantos da Terra, a maioria dos outros primatas demonstra um grande endemismo, ou seja, uma espécie limitada a uma área especifica. Quase três quartos de todos os primatas vivem em apenas quatro países: Brasil, República Democrática do Congo (ex Zaire), Indonésia e Madagascar. Em todos estes países, a cobertura floresta está diminuindo. Uma vez que a perda de habitat coloca em perigo 90% dos primatas ameaçados, sua concentração em poucos países intensifica sua vulnerabilidade.
Na Indonésia, florestas diversificadas e habitantes silvestres sofreram da extração da madeira alimentada por corrupção e instabilidade política. Na última década, o ritmo do desmatamento dobrou, derrubando quase 2 milhões de hectares a cada ano. À medida que as taxas de desmatamento duplicaram, os números dos orangotangos caíram pela metade. Até 2005, o país enfrentará a perda de todas as florestas baixas de Sumatra e, conseqüentemente, a extinção do orangotango gravemente ameaçado, entre outras espécies. O orangotango de Bornéu, após desmatamento, caça e os incêndios catastróficos de 1997, provavelmente não sobreviverá além de 2010, caso a tendência atual continue.
Nosso parente mais próximo, o bonobo, é endêmico ao Congo, um país afligido por guerra civil e ocupação de grupos militares e rebeldes estrangeiros. Juntamente com muitos outros primatas da região o bonobo, de procriação lenta, vem sofrendo um declínio acelerado. Em 1980 havia perto de 100.000; hoje, deve haver menos de 10.000.
Embora a guerra civil tenha criado milhões de refugiados humanos e possa ter aumentado a demanda por carne de animais selvagens, o conseqüente desenvolvimento econômico lento pode ter reduzido a extração de madeira do Congo, país que possui metade das florestas úmidas remanescentes da África. Caso a estabilidade política retorne, o corte de árvores poderá aumentar consideravelmente nos próximos anos, acelerando o que poderá vir a ser a grande extinção de macacos.
A população de gorilas caiu para níveis perigosamente baixos, em grande parte devido à caça ilegal para o comércio da carne. Existem menos de 325 gorilas montanheses, e todos compõem uma sub-população que abrange Ruanda, Congo e Uganda. A menor população, a do Gorila de Cross River, está limitada a apenas 150-200 indivíduos, espalhados entre várias sub-populações remanescentes na região da fronteira Camarões/Nigéria.
Em partes da África Ocidental e Central, a caça é uma ameaça até maior do que a perda de florestas. Lá, o comércio de carne silvestre, consistindo principalmente de antílopes, javalis e primatas, atinge mais de US$ 1 bilhão ao ano. Nas áreas onde o tumulto social devastou as atividades econômicas tradicionais e a renda familiar anual média é inferior a US$ 100, o fascínio de ganhar US$ 300 a US$1.000 por ano, como caçador, atraiu muitos. As madeireiras, e em menor grau, as mineradoras penetraram as florestas, com seus assentamentos aumentando a demanda por carne silvestre enquanto suas estradas facilitavam a caça.
A exploração da caça, entretanto, não é lucrativa a longo prazo, pois as populações selvagens, especialmente aquelas dos grandes macacos de reprodução lenta, são logo dizimadas. Mais de 1 milhão de toneladas de carne silvestre é consumida anualmente na Bacia do Congo, quase 6 vezes maior do que a produção sustentável da floresta. A caça comercial esvaziou florestas outrora cheias de animais.
Embora as comunidades rurais subsistem há muito de animais silvestres e outros alimentos florestais, com mais de 60% da sua proteína oriunda da carne silvestre, a maior parte da carne desta região é hoje consumida nas cidades. Quase metade das 30 milhões de pessoas que vivem nas regiões florestais da África Central é citadina, alimentada com carne silvestre de populações selvagens em colapso. À medida que as cidades crescem e a caça aumenta para atender ao crescimento da demanda, estima-se que a caça eliminará todos os macacos africanos em menos de 20 anos.
Para evitar que outros primatas sejam perdidos no que é considerado o sexto maior evento de extinção da Terra, necessitam-se recursos para conter a extração de madeira e caça ilegais. A extração ilegal de madeira arruinou imensas áreas de habitat original dos primatas. A maior parte da carne caçada vem de áreas sob proteção, e o comércio internacional de primatas já é ilegal nos termos da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies sob Ameaça de Extinção. Mas, quando a fiscalização é falha, as práticas ilegais continuam.
Grandes blocos silvestres de áreas biologicamente ricas podem ser transformadas em novos parques que levem em conta as necessidades da vida silvestre e das populações humanas. Os esforços do ecoturismo podem ser utilizados para apoiar a conservação de primatas e os caçadores poderão encontrar receita alternativa no trabalho de proteção de parques, assim que perceberem que os animais podem ser muito mais valiosos vivos, do que mortos.
Um melhor auto-conhecimento – da nossa biologia, psicologia e sociologia – depende, em parte, de conhecermos melhor nossos parentes mais próximos. Se os destruirmos, talvez nunca possamos nos conhecer a nós mesmos.
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Texto de Janet Larsen
Disponivel no site da WWI(Worldwatch Institute): www.wwiuma.org.br

Campo Ecológico: Biodegradação de herbicidas e pesticidas


Recentemente eu li um artigo em um jornal ,sobre uma técnica apresentada pela Universidade de Computensian de Madrid, sobre a descontaminação de solo e água, essa reportagem me deu à luz para escrever um artigo sobre a degradação dos herbicidas e pesticidas.A idéia partiu do principio que à crescente compreensão de práticas que afetam o ambiente tem aumentado a sensibilidade publica para risco em potencial associado com o amplo uso de inseticidas químicos na agricultura moderna. A contaminação de lençóis d’água, a poluição de ribeirões, resultando em dano na vegetação aquática, e o desenvolvimento de insetos resistentes a esses agentes químicos, que provoca a necessidade de aumentar as dosagens, são alguns dos problemas associados com o uso disseminado de inseticidas químicos.
Embora a aplicação em larga escala de herbicidas e pesticidas na agricultura possa melhorar a produção agrícola, são levantadas questões sobre os efeitos a curto e a longo prazo dessas substancias no ambiente e na saúde do homem.
O mercado mundial de agroquímicos movimenta atualmente US$ 30 bilhões e de fertilizantes US$ 50 bilhões. O Brasil é o 5º maior consumidor de pesticidas e movimenta US$ 2,5 bilhões. Os herbicidas representam a maior parcela tanto em âmbito mundial como no Brasil. Calcula-se que somente cerca de 0.1% atinge o alvo específico enquanto os restantes 99.9% da aplicação tem potencial para se mover em diferentes compartimentos ambientais tais como o solo e águas residuais e subterrâneas.
A prática mundial do uso de agroquímicos por longos períodos, muitas vezes indiscriminada e abusiva, vem trazendo preocupações à autoridades públicas e aos envolvidos com saúde pública e sustentabilidade dos recursos naturais, em conseqüência da contaminação ambiental. O Brasil tem uma diversidade imensa de sistemas ecológicos únicos e sensíveis, alguns dos quais submetidos à agricultura intensiva.
Os herbicidas triazínicos vem sendo empregados na agricultura para o controle de ervas daninhas, devido a capacidade destes compostos orgânicos em inibir a fotossíntese. Dentre eles destacam-se a atrazina, simazina, propazina e ametrina. A atrazina em uso há mais de 30 anos, representa 12% (mais de 40 000 toneladas/ano) de todos os pesticidas empregados nos Estados Unidos em culturas de milho, sorgo, cana e abacaxi como também é largamente empregada nos Estados centrais e moderadamente em Estados do leste. O Brasil com as culturas da cana e milho na liderança,emprega também elevadas quantidades de herbicidas triazínicos. Das 150 000 toneladas/ano dos pesticidas consumidos, cerca de 33%, são herbicidas; somente a cultura de cana de açúcar, vem consumindo acima de 20 000 toneladas, que representa em torno de 13% do total de pesticidas.

A maioria dos compostos orgânicos, xenobióticos, tais como agroquímicos em geral, não se perpetuam no ambiente, pois podem ser biodegradados pela ação de organismos vivos presentes na natureza, que atacam a estrutura molecular destes compostos orgânicos. Os microrganismos pela sua capacidade degradadora, participam de forma significativa na eliminação ou redução acentuada dos níveis de pesticidas empregados na agropecuária. No entanto, dependendo da natureza quali e quantitativa do composto empregado e das características gerais do solo, ocorre o acúmulo a índices considerados tóxicos.
A degradação parcial da molécula de atrazina por fungos tais como Aspergillus fumigatus e Rhizopus stolonifer foram relatados, embora a maioria das ações microbianas relatadas, recaem sobre bactérias do gênero Rhodococcus, Nocardia, Bacillus e principalmente Pseudomonas, um gênero bastante versátil também com habilidade para degradar 2,4-D. A mineralização completa da atrazina por um único microrganismo não é comum, mas consórcios empregando 2 ou mais espécies diferentes são capazes de mineralizar atrazina. Pode-se concluir que espécies do mesmo gênero e mesmo subspécies podem apresentar capacidades metabólicas distintas que traduzem em habilidade de degradar compostos orgânicos os mais diversos. Os isolamentos a partir de amostras de solo de locais diferentes tem conduzido a diversidade de isolados, resultados as vezes concordantes outras discordantes, embora sempre resultados que acrescentam aos achados anteriores.
Um método alternativo atraente para o controle de insetos que danificam as plantas é a aplicação de microrganismos que infectam e matam especificamente os insetos, sem lesar as plantas. O Bacilus thuringiensis tem sido utilizado comercialmente há vários anos para o controle de lepidópteros ( borboletas e mariposas, por exemplo).
Bacilus thuringiensis
Todavia a natureza é sem duvida perfeita, o solo com toda sua riqueza microbiótica , recebe esse agentes químicos e o degrada, mas isso leva tempo, a natureza não consegue acompanhar o ritmo avançado da agricultura que usa demasiadamente os herbicidas e pesticidas, até a natureza renovar o solo e a água, toda o meio ambiente já estará comprometido . O homem deve sempre buscar meios para amenizar todos os problemas que esses venenos causam a natureza.



HISTÓRIA DA CIDADE:
1892 – Lutas sangrentas em Boa Vista do Tocantins (GO) levam várias famílias a buscarem outros locais para viver.
1894 – Carlos Leitão, com um grupo de seguidores, vem para as proximidades do rio Itacaiúnas, onde pretende instalar um “Burgo Agrícola”.
1895 – O “Burgo Agrícola” é instalado (05 de agosto de 1895).
1896 – Uma expedição parte do Burgo em busca dos campos gerais (campos naturais para a criação de gado) e descobre por acaso a presença do caucho (Castilloa ulei) na região do Tocantins-Araguaia-Itacaiúnas. Esta foi a primeira riqueza de Marabá.
1898 – Em 07 de junho, Francisco Coelho da Silva deixa o Burgo e se estabelece na junção do Tocantins/Itacaiúnas, com um pequeno comércio (Casa Marabá), para negociar com extratores do caucho que subiam e desciam os rios.
1903 – A morte de Carlos Leitão, a 03 de abril de 1903, assinala o fim do Burgo.
1904 – A sub-prefeitura do “Burgo do Itacaiúnas”, é transferida para o povoado Pontal, na época com 1500 habitantes, com o nome de Marabá. É a primeira vez que esta denominação aparece em documento oficial.
1908 – Políticos locais fazem representação ao presidente do Estado do Goiás, pedindo a anexação de Marabá àquele estado. O Governo do Pará ao saber do fato expediu contingente policial ao local para garantir seus direitos, neste mesmo período, via Conceição do Araguaia, chega oriundo
de Goiás a nomeação de agente fiscal de Marabá, para o tenente-coronel Norberto da Silva Mello, então ausente. O portador da nomeação, Sérgio Prado, intimado pelo Dr. Francisco de Carvalho Nobre, que comandava o contigente policial, foi obrigado a entregar-lhe a nomeação. Através da lei de nº 1.069, de 05 de novembro deste ano, foi instalada a Comarca do Araguaia, ficando Marabá um Distrito Judiciário.
1913 – Atendendo reivindicação da comunidade marabaense o Governador do Pará, Dr. Enéas Martins, criou o município de Marabá, através da Lei nº 1.278, de 27 de fevereiro de 1913. No dia 05 de abril, foi instalado o município, sendo nomeado o Cap.Pedro Peres Fontenelle, como representante legal do Governador e serviram de secretários Ten. Raymundo Nonnato Gaspar, prefeito em comissão e Manoel Gonçalves de Castro. A Comissão administrativa composta pelo presidente Ten-Cel. Antônio da Rocha Maia, e os seguintes membros; Major Quirino Franco de Castro, Cap. Afro Sampaio, Cândido Raposo, Melchiades Peres Fontenelle e João Anastácio de Queiroz (como representante do Major Quirino Franco, ausente).
1914 – Marabá torna-se Sede de Comarca (Decreto n.º 3.057, de 27.02.1914);
- Em 27 de março, instalação da Sede pelo seu primeiro juiz: Dr. José Elias Monteiro Lopes;
- O primeiro Intendente eleito, Cel. Antonio da Rocha Maia, toma posse em 15 de novembro.
1916 – Em 24 de junho, aporta em Marabá o primeiro barco a motor “Pedrina”, do Sr. Alfredo Monção.
1920 – Este ano marca o início da exploração da castanha em grande escala, coincidindo com a desvalorização do caucho.
1921 – Eleito Intendente João Anastácio de Queiroz.
1922 – Pela Lei 2.116, de 3 de novembro foi declarado extinto o município de Araguaia.
1923 – Através da Lei 2.207, de 27 de outubro, Marabá eleva-se à categoria de cidade;
- O Decreto 3.947, de 29 de Dezembro incorpora o território do Araguaia ao município de Marabá.
1926 – Registra-se a primeira grande cheia. A cidade é toda destruída. Durante cerca de quatro meses, o povoado de Lago Vermelho (hoje Itupiranga) asilou a maioria da população, acossada pelo flagelo, tendo servido provisoriamente de Sede da Comarca, por determinação do Juiz de Direito Dr. Souza Moittta, com aprovação do governo;
- No ribeirão Cametaú, defronte ao povoado de Lago Vermelho, foi descoberto diamante, tendo sido a primeira pedra encontrada adquirida por 100$000 (Cem mil réis) pelo chefe político daquela povoação, Homero dos Santos e Souza, que a levou para Marabá e mais tarde a ofereceu ao Dr. Deodoro de Mendonça.
1927 – Marabá passa a ser o maior produtor de castanha da região tocantina.

TURISMO:

Marabá, cidade às margens dos rios Tocantins e Itacaiúnas com um nascer e um por do sol inesquecíveis para quem nela habita e que aqui chega.
Com seus cinco núcleos populacionais de características próprias, adquiridas pelas cheias dos rios, pela vinda de pessoas do país inteiro, e por sua potencialidade econômica.
Possui um forte apelo turístico em virtude de suas belezas naturais aliada a infraestrutura básica e turística gerada pela administração municipal para receber bem o turista.
A cidade dispõe de praças, clubes, espaços culturais, igrejas, galerias de artes, orla fluvial, belas praias e balneários, além de pesca esportiva e aventuras com passeios de barcos nos rios Tocantins e Itacaiúnas, nas trilhas ecológicas do Parque Zoobotânico de Marabá para quem adora diversão e aprecia a natureza.
Cidade acolhedora e hospitaleira, onde o sol brilha para todos.
Praça São Felix
Praça São Francisco
Orla de Marabá

  • Praia do Tucunaré – Com cinco quilômetros quadrados de extensão, situada em frente ao bairro pioneiro e banhado pelo rio Tocantins, o principal balneário da cidade surge nos meses de verão, entre os meses de abril até novembro. É a principal atração turística de Marabá, proporcionando aos veranistas a prática de esportes aquáticos e de areia, além de camping e da pesca esportiva. Ao longo da praia são armadas barracas que atendem os turistas co comidas, cujo prato mais apreciado é o tucunaré fresco e frito, acompanhado de salada e bebidas bem geladas. Além desta praia, o município possui ainda os balneários do Geladinho, do Espírito Santo e do Meio, que são mais freqüentados por aqueles que preferem pouca agitação.

  • Ponte Rodoferroviário – A ponte rodoferroviária que atravessa o rio Tocantins com destino ao Porto de Itaqui, no Estado do Maranhão, possui 2.310 metros de extensão e 19 metros de largura. Inaugurada em 1984, e administrada pela Companhia Vale do Rio Doce. Possui três pistas, sendo duas rodoviárias e uma ferroviária, com transporte de minério carga e passageiros regulamente; possui a curiosa característica de “mão inglesa”.

Pesca na Amazônia: Pesca no Rio Nhamundá


O Rio Nhamundá com suas águas escuras, é utilizado como linha divisória entre os estados do Pará e Amazonas, tendo suas nascentes na serra do Jatapu, de onde percorre mais de 300 km, até encontrar com o Amazonas.
As únicas pequenas cidades que encontramos neste rio, são Nhamundá(Amazonas) e Faro(Pará), ambas localizadas próximo a foz; Com isto, a maior parte do Nhamundá é desabitada, pois a distância e a sinuosidade do seu curso, tornam a navegação comercial praticamente impossível; Com isto, encontramos locais totalmente isolados da civilização, preservando assim uma alta piscosidade.
Nos lagos, furos e igarapés deste rio, é possível encontrar o peixe de água doce mais cobiçado pelos pescadores esportivos - o Tucunaré.
A piscosidade é acentuada devido a preservação que é praticada pelos poucos moradores ribeirinhos (alguns são nossos guias). Subindo o rio Nhamundá, encontramos diversos lagos, onde é possível pescarmos tucunaré, bicuda, traíras, jacundá e outros; Já nos poços, encontramos pirarara, filhote, surubim e outros peixes de couro.

Neste rio somos constantemente desafiados com relação a resistência de nossos equipamentos e materiais utilizados.
A estação seca tem início no mês de julho estendendo-se até dezembro, sendo este o período onde o resultado da pesca e melhor, aqui, levando em consideração os pescadores de "CASTING"; Já para os amantes de peixes de couro, podemos pescar no nhamundá durante todo o ano, já que estamos em um rio com margens bem definidas e profundidade constante.
Nos meses de cheia(janeiro a julho), a pesca do Tambaqui é uma aventura a parte, sendo este um peixe pescado na várzea, assim exigindo técnica apurada e muita astúcia do pescador. Lembramos que este peixe, alimenta-se quase que exclusivamente de frutos.

O Menor Mamífero do Mundo

 ANIMAL WORLD

Quando se pergunta qual é o maior mamífero do mundo, muitos não titubeiam em responder, é a gigantesca baleia azul, no entanto quando se pergunta qual o menor mamífero do mundo, a maioria pensa e até ousa em dizer algum bicho, mas dificilmente acerta. É realmente esse animal não é muito comum de se encontrar, principalmente aqui no Brasil, o Morcego-nariz-de-porco (Craseonycteris Thonglongyai) é assim que é conhecido o menor mamífero do mundo, ele pesa entre 1,5-2 g., tem entre 22 e 26mm de comprimento do antebraço e 29 a 33 mm de cabeça e corpo. È um morceguinho encontrado somente na Tailândia, tem as narinas largas, por isso que ele tem esse nome, possui também os olhos pequenos, que são escondidos principalmente pela pele, e as orelhas grandes. O Morcego-nariz-de-porco é um animal que vive em grupos nas cavernas (Macdonald, 1984), são insetívoros e se alimentam durante a noite comendo pequenos artrópodes que descansam nos altos dos arbustos e das árvores (Nowak e Paradiso, 1983). Díptera (moscas e mosquitos, por exemplo) componha aproximadamente 80% de sua dieta, com Himenóptera( formigas, abelhas e vespas, por exemplo) e ocasional Psocoptera( insetos em geral pequenos de coloração predominantemente pardo-acinzentada e cabeça hipognata) compreendendo uma parcela muito menor (Nabhitbhata, 1982). O Craseonycteris Thonglongyai foi descrito somente em 1974. Representa uma família intermediária entre Rhinopomatidae e Emballonuridae. É o único gênero e espécie em sua família.

REFERÊNCIAS:
• Macdonald, D. 1994. Encyclopedia of Mammals. Facts on File Inc. New York. pg. 804.
• Nabhitabhata, J. 1982. Food of Thailand's bats: preliminary study of food habits of insectivorous bats from Thailand. Contributions to the knowledge of the bats of Thailand. Courier Forschungsinstitut Senckenberg, vol. 87: 58-59.
• Nowak, R.M. and J.L. Paradiso. 1983. Walker's Mammals of the World, Volume 1. Johns Hopkins University Press. Baltimore. pgs. 220-221.

SOS Planeta Terra: Amazônia desmatada


Eu ainda me lembro daquela noticia que saiu em 2004 nos jornais sobre o desmatamento na floresta amazônica, era espantoso a estimativa era que 26.130 km2 foram desmatados, o que representa um crescimento de 6,23% em relação ao consolidado anterior. É o segundo maior número desde que o monitoramento começou a ser feito, em 1988. Fica atrás apenas do período 1994-1995, quando foram devastados 29.059 km2. Entre os lideres da lista estavam o Mato Grosso com 12.586 Km² desmatados, o Pará com 6724 Km² e o Estado de Rondônia com 4141 Km² .Chamando o último aumento da área desflorestada da Amazônia de "indesejável", a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) citou o crescimento econômico de 2004 como um dos fatores que ajudam a impulsionar o problema e disse que as medidas do Plano de Controle e Prevenção ao Desmatamento, adotado, ainda não começaram a ser percebidas integralmente.
Atualmente o governo apresentou uma outra estimativa do desmatamento, afirmando que o área foi de 13.100 km2 desmatados na Amazônia no período de agosto de 2005 a agosto de 2006. Os dados são do Projeto de Monitoramente do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Caso essa taxa se confirme, indicará uma desaceleração de 30% no avanço do desmatamento, em relação a 2004/2005, e seria a segunda menor taxa registrada desde a criação do Prodes, em 1988. Entretanto, o cálculo se deu com base em 34 imagens de satélite da região amazônica. No ano passado, o INPE também fez um estimativa como essa, mas utilizou 77 imagens. Isso significa que a amostragem atual é 44,7% menor que a utilizada para fazer a mesma projeção no ano passado. O governo afirma que os dados consolidados devem ser apresentados somente no final do ano, juntamente com os números de cada estado e dos principais municípios. Atribuiu o resultado ao Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, lançado em 2004, à criação de 19 milhões de hectares de unidades de conservação, entre outras medidas. A tendência de queda foi recebida com entusiasmo por alguns representantes do movimento socioambiental e cientistas atuantes na Amazônia. Entretanto, salientou-se que a área desmatada ainda é muito grande e que a manutenção de queda só será garantida com o fomento a atividades sustentáveis.

Embora os casos da Floresta amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio. O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas.
Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.
Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o futuro das gerações futuras. Nossos filhos e netos têm o direito de viverem.

Turismo na Amazônia: Parintins, a cidade do Caprichoso e Garantido

História de Parintins:
Durante as viagens exploratórias da Coroa Portuguesa em 1796, a Ilha Tupinambarana, hoje Município de Paritins, foi descoberta pelo Capitão de Milícias José Pedro Cordovil. A região era habitada pelos índios Tupinambá - de onde surgiu o nome da ilha - e também pelas tribos Sapupé, Peruviana, Mundurucu, Mawe e Parintins. No ano de 1803, uma missão religiosa sob a direção do frei José das Chagas, denominada Vila Nova da Rainha, instalou-se no lugar. Em 1833, essa Missão foi elevada à categoria de Freguesia, mudando o nome para Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana. Em 15 de outrubro de 1852 a elevação da Vila é efetivada, passando em então a se chamar Vila Bela da Imperatriz. Em 25 de Dezembro de 1880 a sede do município passou a se chamar Parintins, nome vindo dos índios Parintins ou Parintintins, antigos habitantes do local. Já em 1991, na vigência da divisão administrativa, o Município era composto de quatro distritos: Parintins (sede), Paraná do Ramos, Nhamundá e Xiburi. Mais tarde, foi criado o distrito da Ilha das Cotias, que em 1950 passou a constituir o Município de Nhamundá. Extinta a antiga divisão distrital, o Município de Parintins é constituido pela cidade de Parintins (sede) e pelas agrovilas de Mocambo e Cabury.


Atrativos Turísticos:

Catedral N.S do Carmo

Fundada em 31 de maio de 1962, ela é toada de tijolos aparentes e foi projetada na Itália. Ao seu lado esquerdo encontra-se uma torres de 40 metros que acompanha o estilo da Catedral. É a edificação mais alta do Município e pode ser vista a quilômetros de distância. A Catedral fica localizada na Av. Amazonas, s/n.


Igreja do Sagrado Coração de Jesus
Fundada em 1945, era a antiga Igreja N.S. do Carmo, mas com a construção da nova catedral passou a se chamar Sagrado Coração de Jesus em 1962. Ela fica localizada na praça Sagrado Coração, bem em frente ao colégio N.S. DO Carmo, o mais tradicional de Parintins. A Igreja tem à frente o rio Amazonas e é um dos melhores Lugares para se ver o pôr-do-sol.

Igreja de São Benedito
Fundada em 1795 pelo Frei José das Chagas, foi a primeira Igreja de Parintins. Demolida em 1905, hoje deu lugar á praça do Cristo Redentor e a nova capela de São Benedito foi construída em 1945, no bairro que tem o mesmo nome.

Vila Amazônica
Está situada a leste da cidade de Parintins, distante 20 minutos de barco. Banhada pelo rio Amazonas e pelo Paraná do Ramos, a vila tem uma área de 78.270 há onde moram 67 famílias. A importância história do lugar está relacionada ao apogeu da juta no Estado nas décadas de 30 e 40 do último século. Nessa época a Vila Amazônica foi criada para assentamento de imigrantes japoneses que vieram desenvolver a agricultura e implantar o cultivo da juta.


Os aspectos físicos e geográficos não traduzem totalmente o que é Parintins, a cidade dos Bumbás Caprichoso e Garantido, mas também uma cidadela simples que impõe atitude pelas diversas particularidades que possui e que encanta qualquer visitante. Hospitalidade, alegria, devoção e simplicidade são as chaves do sucesso dessa cidade.

O modo de vida do parintinense é fruto de uma cultura mágica, difícil de explicar. Sem a euforia dos dias que antecedem o grande festival folclórico, Parintins é apenas uma aldeia de gente muito simpática, que anda pelas ruas de bicicleta, que pinta as fachadas das casas da cor do boi que faz pulsar a paixão, que conversa das tardes ao anoitecer em cadeiras de embalo nos batentes das portas e que também veste a melhor roupa, aos domingos para reverenciar na belíssima Catedral a santa do lugar, Nossa Senhora do Carmo.

É um cotidiano simples, mas ao mesmo tempo repleto de artes. O povo de Parintins já nasce com dons especiais. São artistas que compõem, cantam, esculpi, pintam com muita habilidade e até criam novos rumos para o português, inventando um linguajar próprio. Bastam um visitante chegar que eles querem demonstrar carinho, fazendo sentir-se em casa, chamando logo de parente (o mesmo que cara ou irmão), mostrando a cidade e seus talentos com orgulho.

Cidade cercada de belezas naturais, Parintins, a ilha do Paraíso, se completa mesmo pelo povo que tem. Os atrativos turísticos se tornam, portanto, importantes, mas não fundamentais. A Catedral de Nossa Senhora do Carmo, a Vila Amazônia, as praias de Taracuera ou do Varre Vento e Serra de Parintins são visitas obrigatórias, mas não perca uma bate-papo informal com a gente do local. Afinal, Parintins é repleta de personalidades e de mitos como seu Valdir Viana, famoso curandeiro; Dona Maria Ângela, a mulher que tem a casa e os objetos todos em vermelho em homenagem ao boi Garantido, ou até o sábio e folclorista Simão Pessoa, praticamente o engenheiro intelectual do bumba Caprichoso.

Visite os currais dos bois em Parintins, Caprichoso e Garantido, os personagens que projetam a cidade para o mundo. Conheça tudo e não esqueça, é claro, da culinária do local. E imprescindível.

Meio Ambiente: As plantas mais venenosas

No mundo existem muitas plantas venenosas, mas não dá para fazer um ranking das mais venenosas, porque o efeito da toxina varia de pessoa para pessoa, a quantidade de veneno varia bastante de planta para planta, e porque existem várias formas de contágio.Todavia destaco algumas que são conhecidas de muitos por serem altamente letais.


Jequiriti ( Abrus precatorius L.)


As sementes vermelhas dessa planta tem uma sustância chamada abrina, que mata quando mastigada. Os efeitos são que a abrina provoca a aglutinação das hemácias, formando coágulos e impedindo a circulação corpórea.É preciso levar a vitima rapidinho para o hospital, para serem feito uma lavagem gástrica e medicar o paciente com anticoagulantes.O jequiriti ficou conhecida em todo mundo no filme A lagoa Azul.






Comigo-ninguém-pode ( Dieffenbachia picta Schott)



Essa planta é muito comum como ornamental em casas, além de ser tida como amuleto contra mau-olhado, no entanto o caule e as folhas têm cristais de oxalato de cálcio, substância que provoca inflamações no corpo, quando mastigada, a planta fere as mucosas da boca, faringe e cordas vocais. A inflamação causa inchaços que impedem a passagem do ar e podem levar à asfixia.O tratamento é levar a vítima ao hospital para receber analgésicos contra a inflamação e passar por uma lavagem gástrica.







Pinhão-de-purga ( Jatropha curcas L.)

O pinhão-de-purga contém ricina nas sementes, ela causa aglutinação das hemácias e dificulta a circulação do sangue, a ingestão de quatro ou mais sementes pode causar a morte. A vítima deve passar por uma lavagem gástrica e tomar soro para não ficar desidratado. Essa planta é considerada uma planta daninha em lavouras e nas zonas rurais.





Mamona ( Ricinus communis L.)




A semente da mamona tem ricina que é uma toxina letal, causa coágulos sanguíneos,queimação na garganta, vômitos intensos, taquicardia e diarréia. Há casos de várias mortes de crianças que ingeriram uma única semente de mamona. O tratamento é a internação imediata, com lavagem e anticoagulantes.










Mandioca-brava ( Manihot utilissima Pohl)

A mandioca-brava é uma planta muito comum no Brasil, suas raizes e suas folhas possuem linamarina (no látex, notadamente na casca da raiz e nas folhas) em teor elevado, essa substância transforma-se em ácido cianídrico (altamente tóxico). O efeito da toxina no organismo é a asfixia e convulsões. No hospital além da lavagem gástrica é indicado como antídoto o nitrito de amila. A mandioca-brava é muito utilizada no Brasil, para a fabricação de farinha, mas ela passa por um processo que elimina sua toxidez.



Buchinha (Luffa operculata Cogn.)

A buchinha é uma trepadeira de caule 5-anguloso, gavinhas simples ou bífidas, compridas e vilosas. São poucos os relatos na literatura referentes a intoxicações por esta espécie, sua toxidez em alguns casos pode ser considerada grave, mais ela merece ser comentada porque se têm utilizado esta erva como chás preparados com os frutos, na tentativa de causar aborto. Os sintomas apareceram cerca de 24 horas após a ingestão do chá. Náuseas, vômitos, dores abdominais e dores de cabeça são os sintomas primários, subseqüentemente advêm hemorragias, podendo ocorrer o coma e a morte. Para o tratamento são recomendados apenas a administração de carvão ativado, e tratamento sintomático para distúrbios gastrintestinais.

Uma Boa comendo um Canguru

  ANIMAL WORLD

Eu estava em um site australiano, e vi fotos de uma Boa (cobra que tem parentesco com a jibóia) comendo um canguru. As fotos são chocantes, mas mostram como essas serpentes não peçonhentas se alimentam. Há muitas histórias aqui no Brasil sobre as Jibóias enormes, com 10 ou até 15 m de comprimento, que estrangulam pessoas enroscando-se em seus corpos. Outras falam de jibóias que engolem vítimas três vezes maiores que elas mesmas ou que põem em fulga uma caravana inteira de exploradores. São apenas histórias e lendas. Na realidade, a jibóia é de índole pacífica, não é venenosa e nunca ataca o homem. Ao contrário, foge à sua aproximação. Raramente passa de 3 metros de comprimento. Toma como presa principalmente aves, mamíferos pequenos e lagartos grandes. A jibóia apanha as suas vítimas ficando à espreita ou surpreendendo-as silenciosamente. Enrosca-se em torno delas e contrai o corpo até que a vítima não consiga respirar e morra sufocada. Engole a vítima tragando a cabeça primeiro e a digere devagar, caindo num torpor que dura às vezes diversas semanas. Despende pouca energia e pode ficar muito tempo sem comer.