VIDEOS - NATURE AND MAN

Video mostra o impacto que a construção da hidrelétrica de Tucuruí causou a população ribeirinha do baixo Tocantins, próximo ao município de Cametá na região Amazônica.

Text in English:

Video shows the impact that the construction of hydropower from Tucuruí caused the riverside population of the River Tocantins, near the municipality of Cametá in the Amazon region.

Áudio em Francês
Sem legenda


Fonte:
Vidéo Nord Brésil( Pacui Brésil: Etre paysan sur le fleuve)- www.avsf.org/fr

Papeis de Parede de Natureza

Clique na foto com o botão direito do mouse e copie e cole.

Um bonito pôr-do-sol em uma fazenda no Pantanal.

A Banana-do-mato é sem dúvida uma das mais belas plantas tropicais.

Uma entrada ao mar forma um lago extremamente bonito.

SOS Planeta Terra: O problema da escassez de água no mundo

A água é uma substância essencial à vida. É encontrada na Terra sob as formas sólida, líquida e gasosa. Noventa e oito por cento da água neste planeta encontra-se nos oceanos (aproximadamente 109 mil km3 de água). Águas doces, que constituem os rios e lagos nos continentes, e águas subterrâneas são relativamente escassas. Estas águas doces nos continentes são a fonte que produz alimentos e colheitas, mantém a biodiversidade e os ciclos de nutrientes, e mantém também as atividades humanas. Sem água de qualidade adequada, o desenvolvimento econômico-social e a qualidade da vida da população humana ficam comprometidos. As fontes de água doce, superficiais ou subterrâneas, têm sofrido, especialmente nos últimos cem anos, em razão de um conjunto de atividades humanas sem precedentes na história: construção de hidrovias, urbanização acelerada, usos intensivos das águas superficiais e subterrâneas na agricultura e na indústria.
Dentro de 20 anos, uma proporção de dois terços da população do mundo deve enfrentar escassez de água, de acordo com a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, sediada em Roma.
Segundo a FAO, o consumo de água dobrou em relação ao crescimento populacional no último século.
Pouco mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias, disse Pasquale Steduto, diretor da unidade de gerenciamento dos recursos hídricos da FAO.
A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU - Organização das Nações Unidas - fica claro que controlar o uso da água significa deter poder.
As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais.
Em regiões onde a situação de falta d'água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do Continente Africano, onde a média de consumo de água por pessoa é de dezenove metros cúbicos/dia, ou de dez a quinze litros/pessoa. Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia.
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.

A irrigação na agricultura corresponde a 73% do consumo mundial de água

Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso a água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (43% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água.
Vivemos num mundo em que a água se torna um desafio cada vez maior.
A cada ano, mais 80 milhões de pessoas clamam por seu direito aos recursos hídricos da Terra. Infelizmente, quase todos os 3 bilhões (ou mais) de habitantes que devem ser adicionados à população mundial no próximo meio século nascerão em países que já sofrem de escassez de água.
Já nos dias de hoje, muitas pessoas nesses países carecem do líquido para beber, satisfazer suas necessidades higiênicas e produzir alimentos.

A população do continente Africano são as que mais sofrem com a escassez da água

Numa economia mundial cada vez mais integrada, a escassez de água cruza fronteiras, podendo ser citado com exemplo o comércio internacional de grãos, onde são necessárias 1.000 toneladas de água para produzir 1 tonelada de grãos, sendo a importação de grãos a maneira mais eficiente para os países com déficit hídrico importarem água.
Calcula-se a exaustão anual dos aqüíferos em 160 bilhões de metros cúbicos ou 160 bilhões de toneladas.
Tomando-se uma base empírica de mil toneladas de água para produzir 1 tonelada de grãos, esses 160 bilhões de toneladas de déficit hídrico equivalem a 160 milhões de toneladas de grãos, ou metade da colheita dos Estados Unidos.

Mapa da escassez de água no mundo

O maior exemplo de impacto ambiental que a escassez de água pode causar e a do Mar Aral na Asia,recebendo água de dois rios, o Amu Dária e o Sir Dária, o Mar de Aral vem secando progressivamente há quarenta anos.Sucessivas drenagens feitas pelo governo soviético nas repúblicas da Ásia Central a partir de 1920 fizeram com que o fluxo dos rios no mar diminuisse consideravelmente (90% de vazão no rio Sir Dária). As drenagens foram feitas com propósitos de irrigação de culturas de algodão no Uzbequistão, e arroz no Cazaquistão, em pleno deserto.Atualmente, o nível do Mar de Aral baixou de 22 m desde 1960 e ele perdeu 60% da sua superfície. Seu volume passou de 1100 km³ a 650 km³ de 1960 a 1990. O litoral recuou mais de 80 km. Em 1990 mais de 90% das terras úmidas ao redor da região secaram.
O Mar de Aral que fica no interior da Ásia recebe água de dois rios, mas a foto mostra que com o passar dos anos houve uma diminuição do volume de água fornecido por esses rios, devido ao uso intensificado da irrigação para o cultivo de algodão e arroz.

Os lençóis freáticos estão hoje caindo nas principais regiões produtoras de alimentos:
• a planície norte da China;
• o Punjab na Índia e
• o sul das Great Plains dos Estados Unidos, que faz do país o maior exportador mundial de grãos.
A extração excessiva é um fenômeno novo, em geral restrito a última metade do século.
Só após o desenvolvimento de bombas poderosas a diesel ou elétricas, tivemos a capacidade de extrair água dos aqüíferos com uma rapidez maior do que sua recarga pela chuva.
Além do crescimento populacional, a urbanização e a industrialização também ampliam a demanda pelo produto. Conforme a população rural, tradicionalmente dependente do poço da aldeia, muda-se para prédios residenciais urbanos com água encanada, o consumo de água residencial pode facilmente triplicar.
A industrialização consome ainda mais água que a urbanização. A afluência (concentração populacional), também, gera demanda adicional, à medida que as pessoas ascendem na cadeia alimentícia e passam a consumir mais carne bovina, suína, aves, ovos e laticínios, consomem mais grãos.
Se os governos dos países carentes de água não adotarem medidas urgentes para estabilizar a população e elevar a produtividade hídrica, a escassez de água em pouco tempo se transformará em falta de alimentos.
Estes governos não podem mais separar a política populacional do abastecimento de água.
Da mesma forma que o mundo voltou-se à elevação da produtividade da terra há meio século, quando as fronteiras agrícolas desapareceram, agora também deve voltar-se à elevação da produtividade hídrica.
O primeiro passo em direção a esse objetivo é eliminar os subsídios da água que incentivam a ineficiência.
O segundo passo é aumentar o preço da água, para refletir seu custo. A mudança para tecnologias, lavouras e formas de proteína animal mais eficientes em termos de economia de água proporciona um imenso potencial para a elevação da produtividade hídrica. Estas mudanças serão mais rápidas se o preço da água for mais representativo que seu valor.
Com esta conscientização cada vez mais crescente, cada nação vem se preparando ao longo do tempo para a valorização e valoração de seus recursos naturais.

Os dez mandamentos para economizar água


1.No banho: Se molhe, feche o chuveiro, se ensaboe e depois abra para enxaguar. Não fique com o chuveiro aberto. O consumo cairá de 180 para 48 litros.

2.
Ao escovar os dentes: escove os dentes e enxágüe a boca com a água do copo. Assim você economiza 3 litros de água.


3. Na descarga: Verifique se a válvula não está com defeito, aperte-a uma única vez e não jogue lixo e restos de comida no vaso sanitário.

4. Na torneira: Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. Isto significa, 1.380 litros por mês. Feche bem as torneiras.

5. Vazamentos: Um buraco de 2 milímetros no encanamento desperdiça cerca de 3 caixas d’água de mil litros.

6. Na caixa d’água: Não a deixe transbordar e mantenha-a tampada.

7. Na lavagem de louças: Lavar louças com a torneira aberta, o tempo todo, desperdiça até 105 litros. Ensaboe a louça com a torneira fechada e depois enxágüe tudo de uma vez. Na máquina de lavar são gastos 40 litros. Utilize-a somente quando estiver cheio.

8. Regar jardins e plantas: No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã ou à noite. Use mangueira com esguicho-revólver ou regador.

9. Lavar carro: Com uma mangueira gasta 600 litros de água. Só lave o carro uma vez por mês, com balde de 10 litros, para ensaboar e enxaguar. Para isso, use a água da sobra da máquina lavar roupa.

10. Na limpeza de quintal e calçada: USE VASSOURA - Se precisar utilize a água que sai do enxágüe da máquina de lavar.
_________________________________________________
FONTE:
TUNDISI, José G.; TUNDISI, Takako M. Água, ed. Publifolha.
Folha On Line: trecho do texto de David Willey da BBC Brasil, em Roma
www.rededasaguas.org.br/
www.cetesb.sp.gov.br

Mamífero planador é o primo mais próximo de macacos e humanos

ANIMAL WORD

DNA revelou que colugos, do Sudeste Asiático, são 'galho' vizinho dos primatas na evolução.Pesquisa pode ajudar a entender raízes genéticas da própria humanidade.


Anote este nome: colugo. Você muito provavelmente não tem a mínima idéia do que se trata, então aí vai um resumo: pequeno, felpudo, com uma membrana gigantesca de pele entre os membros que lhe permite planar -- e agora, de acordo com um grupo de pesquisadores, ele também está sacramentado como o parente mais próximo dos os primatas, o grupo que inclui o homem e todos os outros macacos.
A reclassificação do bicho como um primatomorfo, ou seja, como a coisa mais próxima de um primata sem ser um primata, está num artigo na revista especializada americana "Science" desta semana. No trabalho capitaneado por William J. Murphy, da Universidade do Texas A&M, uma comparação genética abrangente, envolvendo vários primatas (como humanos, chimpanzés, orangotangos e lêmures) e outros mamíferos, ajudou a resolver o que ele define como "uma controvérsia muito antiga".
"Até hoje não se sabia se os parentes mais próximos dos primatas eram os colugos, os musaranhos-arborícolas ou ambos", declarou Murphy ao programa de rádio online da "Science". É difícil saber quais das duas opções é uma esquisitice maior. Enquanto os colugos, também chamados de lêmures-voadores, parecem o cruzamento mal-ajambrado de um morcego com um esquilo, os musaranhos-arborícolas lembram ratazanas pós-atropelamento.

O animal dá uma de suas demonstrações de proeza planadora (Foto: Norman Lim/Universidade Nacional de Cingapura)

Não é exatamente o tipo de parente que as pessoas gostam de apresentar para a namorada. Os colugos, em especial, "parecem fantasmas no meio da mata, planando feito morcegos ou pipas. São bem esquisitos mesmo", afirma Murphy.
Mesmo assim, a anatomia das espécies atuais e a dos fósseis deixa claro que as duas bizarrices estão bem próximas dos primatas. Para tirar a prova dos nove e ver qual era o mais próximo de nós, Murphy e companhia examinaram quase 200 mil éxons -- os pedaços dos genes que servem de base para a produção de proteínas. Modificações em éxons compartilhadas entre primatas e seus parentes poderiam resolver o enigma, raciocinou a equipe.
De fato, após um árduo processo de comparação genética, a estratégia deu certo. Pequenas diferenças, representadas, por exemplo, pelo sumiço de pedaços de DNA, colocaram os colugos definitivamente como o grupo-irmão dos primatas, como se diz no jargão científico.

Animal da espécie Galeopterus variegatus leva até o filhotinho pelos ares (Foto: Norman Lim/Universidade Nacional de Cingapura)
Para ser mais preciso, eles estimam que os colugos e nós primatas formávamos um único grupo até uns 85 milhões de anos atrás, quando houve a divergência que daria origem aos mamíferos planadores. Os achados podem parecer mera curiosidade biológica -- mas estão longe disso, segundo Murphy.
"A questão aqui é saber quais mudanças anatômicas e moleculares aconteceram ao longo da evolução para que os primatas surgissem", afirma o pesquisador americano. Assim, por mais maluco que pareça, entender os colugos pode ser um passo importante para entender a nós mesmos.

Fonte:
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo


Os animais herbívoros são um dos elementos da biodiversidade dos ecossistemas. Eles agem sobre a biodiversidade vegetal por intermédio de sua ação sobre as espécies dominantes, sobre as possibilidades de regeneração da vegetação, sobre o transporte de propágulos. Sua ação depende tanto do clima (precipitações) quanto da natureza do solo (fértil ou não-fértil).
A presença de herbívoros aumenta a biodiversidade de vegetais e a produção primaria, desde que o consumo por esses herbívoros não ultrapasse um certo patamar (Loreau 1995). Além desse patamar, a biodiversidade e a produtividade e a produtividade diminuem. Essa relação entre a intensidade do pastejo pelos herbívoros, a biodiversidade e a produtividade foi demonstrada em inúmeros casos. Um estudo comparado de zonas pastejadas por ungulados e zonas excluídas de pastejo foi realizado em dois ecossistemas de vegetação herbácea: o Parque de Yellowstone, na América do Norte, e o Parque de Serengeti, na África Oriental (Frank et al., 1998). A produção primária epigéia é quase sempre superior nas zonas pastejadas. Contudo, esses efeitos dependem das espécies herbívoras. Os grandes mamíferos aumentam a produção quando não são abundantes, e diminuem essa produção quando são muito numerosos. Os insetos herbívoros geralmente têm um impacto pequeno, mas favorável.

Gnus pastejando no Serengeti na África Oriental

As proliferações de espécies especializadas sobre uma planta dominante podem aumentar a diversidade vegetal. Os mamíferos escavadores de tamanho médio, como coelhos ou cães-de-pradaria, podem provocar modificações no solo que aumentam a heterogeneidade e a biodiversidade.
Considerações teóricas permitem pensar que os herbívoros aumentam a biodiversidade em escalas correspondentes a pequenas superfícies, reduzindo a competição e aumentando o numero de sítios de regeneração possíveis. Em escalas correspondentes a grandes superfícies, a biodiversidade é reduzida, visto que subsistem principalmente espécies resistentes ao pastejo.Essa teoria é confirmada por observações feitas no pampa da Argentina, onde a biodiversidade vegetal é elevada. (Channeton e Facelli, 1999).

Vista aérea de um pampa na Argentina, um lugar segundo Channeton e Facelli com alta biodiversidade vegetal.

As espécies não desempenham papeis equivalentes no funcionamento dos ecossistemas. Uma espécie-chave é aquela cujo impacto sobre o ecossistema a que pertence é muito grande, dada sua abundancia relativa. Uma espécie-chave por sua ação em geral produz um aumento da heterogeneidade do ambiente e da biodiversidade. É o caso do bisão da Pradaria norte-americana. O pastejo seletivo por esse animal provoca uma redução da abundância de gramíneas com fotossíntese C 4 que são dominantes na ausência do bisão, um aumento da abundância da gramíneas e de dicotiledôneas C3 e um aumento de 23% da diversidade especifica da vegetação em relação aos sítios não pastejados. Isso é acompanhado de um aumento da heterogeneidade espacial que pode ser detectado e medido por fotografias aéreas.

O Bisão é um animal que pode provocar mudanças na vegetação das pradarias
O papel dos herbívoros “pastadores” foi estudado no meio marinho. A presença de peixes herbívoros e de Equinodermos age sobre a biodiversidade das algas, que geralmente é superior à que se observa na ausência dos herbívoros.
A idéia de que os ecossistemas complexos são instaveis dominou a literatura ecológica durante quase vinte anos, em consequência da elaboração de modelos que não refetem a realidade . Um modelo mais complexo e realista do que os modelos comoo de May mostra que as numerosas interações existentes nas redes tróficas de ecossitemas ricos em espécies são fatores de estabilidade e de persistência que tendem a manter os efetivos de diversas espécies longe de zero, o que diminui sua probabilidade de extinção.

FONTE DE PESQUISA:
- CHANETON, E. J. & FACELLI, J. M., 1991. Disturbance effects on plant community diversity: spatial scales and dominance hierarchies. Vegetation, 93, p. 143-156
- DAJOZ, R., 2005, Princípios de ecologia; tradução Fátima Murad. – 7. ed. – Porto Alegre: Artmed, p. 409
- FRANK,D. A. et al. 1998, The ecology of the earth’s grazing ecosystems. Bioscience, 48, p. 513-521.
- LOREAU, M., 1995. Consumers as maximisers of matter and energy flow in ecosystems. Amer. Nat., 145, p. 22-42