Turismo na Amazônia: Ilha de Algodoal

Seu nome é Ilha de Maiandeua, mas todos a conhecem por Ilha de Algodoal. Maiandeua tem origem no Tupi e significa "Mãe da Terra". A ilha é chamada de Algodoal em virtude da abundância de uma planta nativa conhecida como algodão de seda, ainda presente na região, cujas sementes, com filetes brancos, são dispersas pela planta e, ao flutuarem ao vento, lembram o algodão. Quem primeiro a apelidou desta forma foram os pescadores que lá chegaram na década de 1920. Algodoal é, também, o nome da maior vila, das quatro que existem na ilha. As outras três são Fortalezinha, Camboinha e Mocooca.
A vila de Algodoal é a principal por ser a maior, a que possui a melhor infraestrutura para acomodação de turistas e, conseqüentemente, a que recebe mais visitantes. Estas quatro vilas são separadas entre si por porções de manguezais e secionadas em alguns pontos por canais de maré.
Furo Velho
Os 19 km² da Ilha de Algodoal/Maiandeua são marcados pela tranqüilidade, pelos cenários maravilhosos que atraem turistas de todo o mundo que nunca se decepcionam com a sua natureza bucólica, bela e dadivosa e pela falta de energia elétrica, que ressalta o clima rústico da região. A comunidade da ilha é formada por pessoas simples e receptivas que vivem, basicamente, da pesca, da agricultura de subsistência e, ultimamente, do turismo.
Em Algodoal, não há um abastecimento regular de energia elétrica e as fontes alternativas utilizadas são os geradores a óleo diesel que funcionam com maior intensidade a partir das 18 horas. Já o abastecimento d'água é realizado por meio de poços artesianos que fornecem água de excelente qualidade.
Os meios de transporte existentes são a bicicleta, o barco (a motor ou a remo) e a carroça puxada por cavalo. Veículos motorizados não podem entrar na ilha.
Transporte mais utilizado na ilha

Localização
Situada a norte do município de Maracanã e a nordeste do estado do Pará, a Ilha de Algodoal/Maiandeua faz parte da Região do Salgado Paraense e tem por limites, ao Norte, o Oceano Atlântico, ao Sul, o canal de Mocooca, a Leste, a Baía de Maracanã e a Oeste, a Baía de Marapanim.

As Praias
Com areia muito branca e fina, as paradisíacas praias da Ilha de Algodoal/Maiandeua são cercadas de dunas que possuem uma vegetação característica de restinga que oferece frutas em abundância, principalmente nas épocas do caju e do ajuru. Suas águas têm uma temperatura muito agradável (média de 22°C). A grande maioria de seus espaços permanece deserta, mesmo em períodos de alta estação, o que permite a realização de piqueniques privados ou mesmo um isolamento a fim de se ficar mais à vontade.
Nesse caso, recomendamos a utilização das carroças, que podem deixar o visitante na praia desejada e retornar, num horário pré-estabelecido, para buscá-lo. Se o visitante prefere praias mais badaladas, as opções são a da Princesa, a mais agitada, e a da Caixa D'água, a mais próxima à vila de Algodoal.

As praias desta região apresentam uma peculiaridade especial: todas sofrem influência das marés dos rios amazônicos, o que faz com que, de doze em doze horas, haja uma variação significativa no nível do mar. Nos períodos de maré baixa, a água recua centenas de metros e forma muitas lagoas naturais.
Casal de namorados na praia

  • Praia da Princesa
A praia da Princesa tem quase 14 quilômetros de extensão e foi classificada pela revista americana Time como uma das dez mais bonitas do Brasil. Quem a conhece sabe que a classificação é justa. Na Princesa, há bares que funcionam nos períodos de alta estação. Neles, é possível encontrar refeições simples, como o peixe frito e a caldeirada, lanches e as bebidas mais consumidas no Brasil: a cerveja e a caipirinha.


Banhistas na Praia da Princesa
  • Praia da Caixa D'água
Localiza-se em frente à vila de Algodoal e nela há bares que servem refeições e bebidas. Normalmente, mesmo fora de estação, encontramos estabelecimentos em funcionamento nesta área. A Praia da Caixa D'água não serve para banho enquanto a maré está baixa.
Praia da Caixa D'água
  • Praia da Beira
A Praia da Beira é a da chegada, onde os barcos que fazem a linha Marudá/Algodoal aportam. Tem pouca infraestrutura e não é recomendável para banho durante a maré baixa.

Chegada em Algodoal
  • Enseada do Costeiro
É a praia mais perigosa da ilha, por apresentar as maiores ondas e haver registro de presença de tubarões. Nem mesmo os surfistas se aventuram por estas bandas, mas, um passeio de barco para lá é bastante agradável e um piquenique nas suas areias não oferecem perigo algum.
Há outras praias muito bonitas na ilha, que são a Praia do Cação, Praia da Salina e Praia do Guarani. Todas são desertas e muito interessantes. As únicas edificações que existem nelas são os barracões que são, esporadicamente, utilizados por pescadores. Vale a pena fazer um passeio de barco ao redor de toda a ilha e conhecer cada uma delas de pertinho.

Turismo
A ilha de Algodoal/Maiandeua recebe muitos turistas. A maior parte deles mora no estado do Pará, mas há visitantes de todo o mundo na ilha. Durante o ano, percebe-se as seguintes peculiaridades entre os visitantes da região:
Em janeiro, fevereiro, julho, dezembro e nos feriados regionais - Alta estação para os turistas brasileiros;
Em agosto e setembro - Alta estação para os turistas estrangeiros.
Nos demais períodos - Baixa estação na ilha, com presença constante de poucos turistas estrangeiros e paraenses.
Normalmente, o turista busca conhecer a rusticidade da sociedade nativa e a abundante beleza natural da ilha. Além das caminhadas que podem ser praticadas, livremente, pela região, há opções de passeios de carroça puxada por cavalo. Os destinos recomendados são as lagoas da ilha, que são muito bonitas, tal como a Lagoa da Princesa, e as demais vilas, como a de Fortalezinha, que preserva a primitividade da sua organização social e mantém intactos os belíssimos recursos naturais da região. Há, ainda, a possibilidade de passeios de barco pela Região do Salgado e pelos rios da Amazônia (ver opções de lazer/passeios).
Pode-se praticar a pesca artesanal de canoa ou de barco a motor, dependendo do peixe que se quer pegar, e deve ser realizada, sempre, em companhia de pescadores locais, que conhecem como ninguém a região.

Turistas em alta estação

Como Chegar?
O acesso à Ilha de Algodoal/Maiandeua, normalmente, se dá por Belém do Pará, a cidade mais próxima provida de aeroporto internacional. De Belém, roda-se por 163 km das rodovias BR-316 e PA-136 (ambas em boas condições) até o porto de Marudá. De lá, toma-se um barco que leva cerca de 40 minutos para chegar à ilha. Então você já estará no paraíso. O visitante que utiliza veículo particular para chegar até Marudá, deve utilizar os serviços de estacionamento que são comuns por lá. O preço da diária dos estacionamentos gira em torno de R$ 3,00.

Foto de satélite da ilha de Algodoal

Barco que faz a travessia de Marudá a Ilha de Algodoal

Opções de lazer durante a noite
Durante todo o ano, acontecem as festas tradicionais da ilha:
• Carimbó, aos sábados, no bar "Só Carimbó"; e
• Reggae, aos finais de semana, no restaurante "Raiz do Mangue".
Nos períodos em que a ilha recebe milhares de turistas brasileiros (julho e feriados), as opções de diversão noturna se ampliam. Acontece festa em todo canto, com reggae, rock, dance, brega, MPB (Música Popular Brasileira), pagode, etc., além de um luau ou outro que acontecem à beira-mar com fogueira, violão e voz na praia. Como, à noite, tudo acontece na vila de Algodoal e a mesma não é grande, é normal o trânsito dos visitantes entre as diferentes festas. Dá pra curtir um pouco de tudo.

Pôr-do-sol na Ilha
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Fonte:
www.algodoal.com.br


O carimbo é uma das mais extraordinárias manifestações de criatividade artística dos povos da Amazônia, foi criada pelos índios Tupinambás no Estado do Pará, que segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semi-deuses.
Inicialmente, segundo tudo indica, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano.
Por isso contagiava até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.
A dança é apresentada em pares. Começa com duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltada para o centro. Quando a música inicia os homens vão em direção às mulheres, diante das quais batem palmas como uma espécie de convite para a dança. Imediatamente os pares se formam, girando continuamente em torno de si mesmo, ao mesmo tempo formando um grande círculo que gira em sentido contrário ao ponteiro do relógio. Nesta parte observa-se a influência indígena, quando os dançarinos fazem alguns movimentos com o corpo curvado para frente, sempre puxando-o com um pé na frente, marcando acentuadamente o ritmo vibrante.
As mulheres, cheias de encantos, costumam tirar graça com seus companheiros segurando a barra da saia, esperando o momento em que os seus cavalheiros estejam distraídos para atirar-lhes no rosto esta parte da indumentária feminina. O fato sempre provoca gritos e gargalhadas nos outros dançadores. O cavalheiro que é vaiado pelos seus próprios companheiros é forçado a abandonar o local da dança.
Em determinado momento da "dança do carimbó" vai para o centro um casal de dançadores para a execução da famosa dança do peru, ou "Peru de Atalaia", onde o cavalheiro é forçado a apanhar, apenas com a boca, um lenço que sua companheira estende no chão. Caso o cavalheiro não consiga executar tal proeza sua companheira atira- lhe a barra da saia no rosto e, debaixo de vaias dos demais, ele é forçado a abandonar a dança. Caso consiga é aplaudido.

Casal dançando carimbó

Todos os dançarinos apresentam-se descalços. As mulheres usam saias coloridas, muito franzidas e amplas, blusas de cor lisa, pulseiras e colares de sementes grandes. Os cabelos são ornamentados com ramos de rosas ou jasmim de Santo Antônio. Os homens apresentam-se com calças de mescla azul clara e camisas do mesmo tom, com as pontas amarradas na altura do umbigo, além de um lenço vermelho no pescoço.
O acompanhamento da dança tem, obrigatoriamente, dois "carimbos" (tambores) com dimensões diferentes para se conseguir contraste sonoro, com os tocadores sentados sobre os troncos, utilizando as mãos à guisa de baquetas, com os quais executam o ritmo adequado.
Outro tocador, com dois paus, executa outros instrumentos obrigatórios, como o ganzá, o reco-reco, o banjo, a flauta, os maracás, afochê e os pandeiros. Esses instrumentos compõem o conjunto musical característico, sem a utilização de instrumentos eletrônicos.
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Fonte:
www.pinducacarimbo.com.br

Papeis de Parede de Natureza

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Um belo riacho em Ubatuba- SP

Essa montanha é conhecida como Dedo de Deus - RJ


O encanto da cascata do Caracol em Canela no Rio grande do Sul.Click na foto para ampliar e posteriormente copie e cole