Turismo na Amazônia: Óbidos (Pará)

Óbidos é uma cidade e um município do Estado do Pará, Brasil. Localiza-se na microrregião de Óbidos, mesorregião do Baixo Amazonas.O município tem 47 779 habitantes (2003) e 26 826 km².
A cidade foi erguida na margem esquerda do Rio Amazonas, distante 1.100 quilômetros de Belém por via fluvial, em um trecho onde as margens daquele rio tornam-se mais estreitas e o seu canal mais profundo, formando, como se diz na região, a "garganta do rio Amazonas", ou a "fivela do rio", como preferem outros. Nesse ponto a largura do rio é de cerca de 1.890 metros em seu leito normal.
Tem origem num forte erguido em 1697, tendo o muncípio sido criado em 1755, em homenagem à vila portuguesa de mesmo nome.
É em Óbidos que acontece o ponto mais estreito e profundo do rio Amazonas. E por isso os portugueses construíram, ali, as instalações militares que arrecadavam os impostos da Coroa e impediam a passagem de invasores para o interior.

Vista aérea da frente de Óbidos

Em torno do Forte, e entre os índios Pauxis, surgiu uma pequena cidade, cujos prédios e construções remetem diretamente para a época colonial.
De ruas estreitas, casario baixo, pequenos sobrados e lojas de esquina, Óbidos acabou apelidada de “Cidade Presépio” pelos paraenses. No Forte Pauxis, é possível admirar o enorme esforço da engenharia colonial, e na igreja de Sant´Ana, a simplicidade da arquitetura religiosa do século XVII.
Mas é no Carnaval que os tempos coloniais ressurgem mais fortemente. A festa é muito próxima do antigo entrudo, com foliões mascarados, “batalhas” de amido, e toda a irreverência que se puder ter. É o Carnapauxis, que leva milhares de pessoas à cidade, todos os anos.
A base da economia local é a fibra de juta, a castanha do Pará e a pesca, sendo que a cidade está equipada com um porto fluvial que permite a atracação de navios de grande porte, para o escoamento da produção da região.

Óbidos, Pará. Cidade histórica com rico patrimônio arquitetônico português. O rio é o Amazonas. Uma garganta por onde passa toda á água do rio e com ela a vida, a cultura e a nossa história.

Pontos Turísticos:

CURUMÚ
Curumú é uma região do município de Óbidos, localizado na zona rural, nas proximidades da cidade. A Vila União do Curumú, às margens do Lago do Curumú, é de fácil acesso, tanto por via fluvial, com duração de duas horas, quanto por via terrestre, levando cerca de 30 minutos, por uma estrada não pavimentada, com aproximadamente 30 Km.

Vila União do Curumú

O Curumú possui vários atrativos, tanto na vazante quanto na cheia. Destacamos o Lago do Curumú, as praias (na vazante), a Cachoeira do Pancada (ou Curumú) e a Serra do Curumú, que possui cerca de 120 metros de altura e é vista em toda redondeza.
O Lago do Curumú com aproximadamente 1.000 metros de extensão, possui água azul – esverdeada e está ligado ao Rio Amazonas por um canal, por onde as embarcações circulam. A fauna é representativa, com garças, maguaris e variadas espécies de pássaros. É considerado piscoso, sendo o Tucunaré seu principal pescado, além de outros tipos como o pirarucu, surubim, curimatá, tambaqui, etc.
No verão, as praias surgem em quase toda a sua extensão. Praias de areia branca que oferecem aos seus visitantes momentos de raro prazer e são constantemente utilizadas para o lazer dos obidenses, que geralmente chegam em excursões. No mês de setembro, quando acontece o evento denominado Festival do Tucunaré, durante três dias, os visitantes enchem essas praias que são de rara beleza.
A Cachoeira do Pancada (ou do Curumú), possui uma queda d’água considerada baixa, com cerca de 7 metros de altura, mas com um forte volume. Para chegar à cachoeira, enfrenta-se uma caminhada, da beira do lago até a cachoeira, que dura aproximadamente 45 minutos. Chegando na cachoeira, ninguém resiste a um refrescante banho em suas quedas, com águas geladas, que correm entre a mata até Lago do Curumú.

Cachoeira do Pancada

SERRA DA ESCAMA

Um dos pontos turísticos mais bonitos do Município de Óbidos, no Oeste paraense, é a Serra da Escama que abriga, em um dos seus picos, a Fortaleza Gurjão.
A Serra da Escama, fica na margem do Lago dos Pauxis, mais conhecido como Laguinho, que na seca tem-se acesso por terra e na cheia através de canoas, barcos, etc. Na outra margem do Laguinho, fica a Cidade de Óbidos.

Fortaleza Gurjão

Para chegar a Fortaleza Gurjão, tem que subir a serra por uma trilha ingrime, pelo meio da mata virgem, por aproximadamente 30 minutos. No alto da serra, com 81 m de altura, está situada a Fortaleza e de onde se tem um visão previlegiada da cidade de Óbidos.

CURUÇAMBA
Igarapé de Curuçamba



  • Transporte para Óbidos: a partir de Santarém, por barco, ou de Belém e Manaus.
________________________________________________________
FONTE:
Paratur - http://www.paraturismo.pa.gov.br/destinos/tapajos_obidos.asp
Chupa Osso - http://www.chupaosso.com.br/turismo.php

Biografias de Cientistas: Jacques-Yves Cousteau


Jacques-Yves Cousteau, militar, oceanógrafo e explorador francês (1910-1997). Pioneiro na descoberta dos recursos do fundo do mar. Nasce em Saint-André-de-Cubzac. Entra para a Marinha francesa e chega ao posto de capitão-de-corveta, recebendo treinamento de piloto. Desenvolve veículos subaquáticos e, juntamente com o engenheiro Émile Cagnan, inventa o Aqualung - cilindro portátil de ar comprimido. Cria também a câmara de TV submarina e o escafandro autônomo. Seus estudos foram fundamentais para a exploração de petróleo no mar do Norte e para pesquisa de várias espécies de animais. Inúmeros filmes registram suas viagens a bordo do barco Calypso, do qual se torna comandante em 1950, como a série O Mundo Submarino de Jacques Cousteau. Faz vários documentários de longa-metragem, entre eles O Mundo do Silêncio (1955), co-dirigido pelo cineasta Louis Malle. O filme ganha o Oscar da Academia de Hollywood e a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Outro documentário seu, O Mundo sem Sol (1964), também é premiado com o Oscar.
Em suas pesquisas pelo mundo, que incluem viagens ao Brasil, demonstra extrema preocupação com a preservação das espécies e sentimento de solidariedade. Oceanógrafo francês, cineasta e inventor (Nascido.: 11/Jun/1910, Saint-André-de-Cubzac, França - Falecido.: 25/Jun/1997, Paris, França), popularizou o estudo da vida marinha através de inúmeros livros, filmes e programas de televisão que ilustram as suas investigações submarinas. Cousteau, apesar de não ser formalmente um cientista, foi destinado para as explorações submarinas por suas duas paixões: o oceano e o mergulho. Graduou-se na academia naval da França em 1993. Após um acidente automobilístico quase fatal no qual quebrou os dois braços, ele deixou de lado os planos de se tornar um piloto da Marinha. Durante sua recuperação ele descobriu o mergulho, e sua fascinação pelo esporte o inspirou a desenvolver, junto com Émile Gagnan, o "aqualung", também conhecido como scuba (self-contained underwater breathing apparatus), que se tornou disponível comercialmente em 1946.

Jacques-Yves Cousteau

Cousteau ajudou a inventar várias outras ferramentas úteis para os oceanógrafos. Ele serviu na Segunda Guerra Mundial como um oficial de armas na França e também foi membro da Resistência Francesa. Mais tarde ele foi condecorado com a Legião da Honra por seu trabalho de espionagem. Os experimentos de Cousteau com filmagens submarinas começaram durante a guerra, e quando a guerra terminou, ele fundou e liderou o Grupo de Pesquisas Submarinas da Marinha da França, e com isso, continuou o seu trabalho. Para expandir o seu trabalho em exploração marinha, ele fundou inúmeras organizações de marketing, produção, engenharia e pesquisa, que foram incorporadas (1973) como o Grupo Cousteau. Em 1950, Cousteau transformou um navio britânico no Calypso, um navio de pesquisa oceanográfica no qual ele e seu grupo realizaram inúmeras expedições. Ele ganhou reconhecimento internacional com a publicação do livro: "O Mundo Silencioso (1953), o primeiro de muitos livros. Dois anos depois ele adaptou o livro para um documentário que ganhou a Palma de Ouro (1956) no Festival Internacional de Cannes e o Prêmio da Academia (1957), um dos três oscars que seus filmes ganharam. Aposentado da Marinha em 1956 com o título de capitão, Cousteau trabalhou como diretor do Instituto e Museu Oceanográfico de Mônaco. No início da década de 1960 ele conduziu experimentos sobre "viver sob as águas" em laboratórios submarinos denominados: Conshelf I, II e III. Cousteau produziu e atuou em muitos programas de televisão, incluindo a série americana: "O Mundo Submarino de Jacques Cousteau" (1968-76). Em 1974 ele formou a Sociedade Cousteau, um grupo ambientalista sem fins lucrativos dedicado à conservação marinha. O seu último livro, "Man, the Octopus, and the Orchid", foi publicado postumamente. Sociedade Cousteau Site da Sociedade Cousteau, uma organização internacional sem fins lucrativos de pesquisa científica e ambiental. O site inclui a lista completa de filmes, livros e outras publicações impressas, a biografia do fundador: Jacques-Yves Cousteau; informações sobre expedições recentes, e dados das pesquisas do Calypso and Calypso II.

Biografia de Jacques-Yves Cousteau, extraído da Enciclopédia Britânica On-line.

Campo Ecológico: Agroecologia

“A agricultura está em crise. Embora as terras agricultáveis continuem a produzir pelo menos tanto alimento quanto no passado, há sinais abundantes de que as bases de sua produtividade ecológica¹ estão em perigo.”

Para entender melhor o sentido da agroecologia é importante saber o conceito de sustentabilidade.
O Que é sustentabilidade?
A sustentabilidade significa coisas diferentes para distintas pessoas, mas há uma concordância geral de que ela tem uma base ecológica. No sentido mais amplo, a sustentabilidade é uma versão se conceito de produção sustentável - a condição de ser capaz de perpetuamente colher biomassa de um sistema, porque sua capacidade de se renovar ou ser renovado não é comprometido.
Como a “perpetuidade” nunca pode ser demonstrada no presente, a prova da sustentabilidade permanece sempre no futuro, fora do alcance. Assim, é impossível se saber, com certeza, se uma determinada prática é, de fato, sustentável ou se um determinado conjunto de praticas constitui sustentabilidade. Contudo, é possível demonstrar que uma prática está se afastando da sustentabilidade.
Podemos sugerir que uma agricultura sustentável, pelo menos:
- teria efeitos negativos mínimos no ambiente e não liberaria substancias tóxicas ou nocivas na atmosfera, água superficial ou subterrânea;
- preservaria e recomporia a fertilidade, preveniria a erosão e manteria a saúde ecológica do solo;
- usaria a água de maneira que permitisse a recarga dos depósitos aqüíferos e satisfizesse as necessidades hídricas do ambiente e das pessoas;
- dependeria, principalmente, de recursos de dentro do agroecossistema, incluindo comunidades próximas. ao substituir insumos externos por ciclagem de nutrientes, melhor conservação e uma base ampliada de conhecimento ecológico;
- trabalharia para valorizar e conservar a diversidade biológica, tanto em paisagens silvestres quanto em paisagens domesticadas; e
- garantia igualdade de acesso a praticas, conhecimento e tecnologias agrícolas adequados e possibilitaria o controle local dos recursos agrícolas.

Agroecologia é tida como um campo do conhecimento de natureza multidisciplinar, cujos ensinamentos pretendem contribuir na construção de estilos de agricultura de base ecológica e na elaboração de estratégias de desenvolvimento rural, tendo como referência os ideais da sustentabilidade numa perspectiva multidimensional. Os três conceitos sintetizados de Agroecologia descritos a seguir, são definições dos mais destacados pesquisadores em agroecologia, (Miguel A. Altieri, Stephen R. Gliessman, e Eduardo Sevilla Guzmán).
Para Miguel A. Altieri (Universidade da Califórnia, Campus de Berkley, EUA), Agroecologia é a ciência ou a disciplina científica que apresenta uma série de princípios, conceitos e metodologias para estudar, analisar, dirigir, desenhar e avaliar agroecossistemas, com o propósito de permitir a implantação e o desenvolvimento de estilos de agricultura com maiores níveis de sustentabilidade. A Agroecologia proporciona, então, as bases científicas para apoiar o processo de transição para uma agricultura sustentável nas suas diversas manifestações e/ou denominações.
Para Stephen R. Gliessman (Universidade da Califórnia, Campus de Santa Cruz, EUA) o enfoque agroecológico corresponde a aplicação dos conceitos e princípios da Ecologia no manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis.
Eduardo Sevilla Guzmán (Universidade de Córdoba – Espanha), aborda um enfoque de desenvolvimento rural quando afirma que a Agroecologia constitui o campo do conhecimento que promove o manejo ecológico dos recursos naturais, através de formas de ação social coletiva que apresentam alternativas à atual crise de modernidade, mediante propostas de desenvolvimento participativo desde os âmbitos da produção e da circulação alternativa de seus produtos, pretendendo estabelecer formas de produção e de consumo que contribuam para encarar a crise ecológica e social e, deste modo, restaurar o curso alterado da coevolução social e ecológica.

Um agroecossistema no Estado da California (EUA), integrando cultivos dentro de uma paisagem natural. Foto de S. Gliessman.
Com isso, as práticas agroecológicas podem ser vistas como práticas de resistência da agricultura familiar, ao processo de exclusão do meio rural e homogeneização das paisagens de cultivo. As práticas agroecológicas se baseiam na pequena propriedade, na mão de obra familiar, em sistemas produtivos complexos e diversos, adaptados às condições locais e em redes regionais de produção e distribuição de alimentos.
Portanto, não se pode pensar em Agroecologia como “ciência neutra”, já que há em suas pesquisas e aplicações claro posicionamento político. Ela se coloca como ciência comprometida e a serviço das demandas populares, em busca de um desenvolvimento que traga soluções sustentáveis para os diversos problemas hoje enfrentados na cidade e no campo.
A agroecologia é uma abordagem da agricultura que se baseia nas dinâmicas da natureza. Dentro delas se destaca a sucessão natural, a qual permite que se restaure a solo sem o uso de fertilizantes minerais e que se cultive sem uso de agrotóxicos.
O surgimento da agroecologia, cujas bases ainda estão sendo fundadas, coincidiu com a preocupação pela preservação dos recursos naturais. Os critérios de sustentabilidade nortearam as discussões sobre uma agricultura sustentável, que garanta a preservação do solo, dos recursos hídricos, da vida silvestre e dos ecossistemas naturais, e ao mesmo tempo garanta a segurança alimentar.
No âmbito da agroecologia encontramos as discussões sobre agricultura orgânica, biodinânica, natural, a agrofloresta, a permacultura e outros temas.
Através do cuidado em relação à produção de alimentos, não considerando apenas a lucratividade e sim a sustentabilidade em graus mais amplos que os econômicos; a agroecologia tem demonstrado, mesmo em seu microcosmo, potencial de transformação social e cultural. Coloca-se a vida como valor supremo, propiciando assim o equilíbrio do ser humano com a Natureza.

¹ "Productivity", no original. O autor Stephen R. Gliessman usa a palavra no sentido de um processo ecológico e biológico que permite que um ecossistema tenha um rendimento ou uma produção.
__________________________________________________________
Fontes de pesquisa:
1) Gliessman S R, ed. 2001b. Agroecosystem sustainability: developing practical strategies. Book Series Advances in Agroecology, CRC Press, Boca Raton, FL.
2) http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia23/AG01/arvore/AG01_8_299200692526.html
3) www.wikipedia.org

Unidades de Conservação: Floresta Nacional de Carajás

A Serra dos Carajás, localizada no Pará, abriga uma das importantes jazidas minerais do mundo, cujo potencial foi descoberto em 1967, pelo geólogo Breno Augusto dos Santos, passando a ser explorada intensivamente desde a década de 80 pela Companhia Vale do Rio Doce ou CVRD.
A Floresta Nacional de Carajás apresenta um clima tropical chuvoso tipo ´´AWi´´ com seca de inverno e forte período de estiagem coincidindo com o inverno do hemisfério sul.
A unidade tem uma importância relevante na manutenção dos equilíbrios hidrológico, climático, ecológico e edáfico do complexo da Serra dos Carajás, uma vez, que está inserida no Sistema Hidrográfico do Araguaia-Tocantins.

As precipitações na Unidade flutuam entre 2.000 e 2.400mm anuais. A temperatura média anual está em torno de 23 º a 25 º C. O período mais quente do ano está no terceiro trimestre (jul a set). O mês mais frio é fevereiro. A umidade relativa média está em torno de 80 %. O mês com menor precipitação é agosto, na faixa de 15mm.

Os projetos a serem desenvolvidos na Floresta Nacional de Carajas são:
1.Programas de desenvolvimento sustentável envolvendo o entorno da Unidade
2.Projetos de pesquisa científica (estudos ecológicod, pesquisa farmacológica, etc)
3.Inventários Faunísticos na Flona
4.Levantamentos Florísticos da Canga
5.Estímulo ao potencial turístico da Flona Carajás
6.Exploração de produtos e subprodutos florestais
7.Pesquisas sobre impacto da mineração
8.Pesquisas sobre recuperação de áreas degradadas pela Mineração
_____________________________________________________________________
Fonte: http://mosaicocarajas.tripod.com/flonaca/FlonadeCarajasprincipal.html