SOS Planeta Terra
Erosão eólica no Arizona - EUA. |
A perda de solo por
erosão eólica envolve dois processos: desprendimento e transporte das
partículas. O vento agita as partículas soltas de solo e, a seguir, as levanta,
desprendendo-as dos agregados de solo. Essas partículas são, então,
transportadas de diferentes formas, dependendo do seu tamanho e da velocidade
do vento. Partículas pequenas que saltam pela superfície, até 30 cm de altura,
são transportadas por um processo chamado saltitação.
Na maioria das condições, esse fator é responsável por 50-70% do movimento do
solo pelo vento. O impacto das partículas que saltam faz com que as maiores
rolem e deslizem ao longo da superfície provocando o arraste do solo, sendo
responsável por 5-25% do seu movimento. A turbulência do vento pode carregar
nuvens dessas partículas aéreas diversos quilômetros para cima, na atmosfera, e
por centenas de quilômetros de distancia para, finalmente, serem depositadas ou
lavadas do ar. (GLIESSMAN, 2000).
Os grãos de areia
podem ser levados a distâncias enormes por suspensão e já se constatou a
presença de areias provenientes da África na Amazônia brasileira. A suspensão
forma grandes depósitos arenosos, chamados de loess, e é responsável também pelas tempestades de areia.
A erosão eólica se
reveste de maior importância nessas regiões em que a vegetação é insuficiente
para cobrir e proteger o solo, ou nas regiões áridas, nas margens arenosas de
oceanos, lagos e rios, e em solos de origem arenítica. O teor de umidade do solo
é um fator limitante da intensidade com que a erosão eólica pode ocorrer (RIO
GRANDE DO SUL, 1985).
Em geral, a terra é,
não só despojada do seu solo mais rico, como as culturas são impelidas para
longe ou deixadas com as raízes expostas ou ainda poderão ser cobertas pelos
detritos em movimento. Embora não seja tão grande a velocidade, os efeitos de
corte e de abrasão, sobretudo da areia, são desastrosos sobre culturas tenras.
A maioria dos prejuízos estão confinados em regiões de baixa precipitação, porém
existe ocorrência em regiões úmidas. A movimentação das dunas de areia
constitui um bom exemplo (BRADY, 1989).
A
Erosão eólica no mundo - A erosão eólica é uma séria ameaça para a segurança alimentar e contribui para a
degradação de uma agricultura sustentável
nos Estados Unidos e em todo o mundo. Durante a década
de 1930, uma seca prolongada
culminou em tempestades de poeira e
destruição do solo de proporções desastrosas nos EUA, e isso
ainda é um dos exemplos mais visíveis do impacto físico do vento sobre a
agricultura e a perda do solo. Nos Estados Unidos, a erosão do vento é o problema dominante
em cerca de 30 milhões
de hectares e
moderadamente grave, de aproximadamente
2 milhões de hectares anualmente (USDA, 1965). De acordo com o National
Resources Inventory (NRI, 1992), a perda de solo anual estimado da erosão do vento sobre as terras rurais nos
Estados Unidos foi de 2,5 toneladas
por hectare por ano (SCS-USDA, 1994).O problema atinge uma grande parte desta
nação, como mostra na figura acima(mapa dos EUA).A erosão eólica é também
um problema grave em solos
cultivados orgânicos, áreas
arenosas costeiras, solos aluviais
ao longo fundo dos rios e outras
áreas nos Estados Unidos.
Mapa dos EUA , em vermelho áreas com erosão eólica
|
Além
disso, as
tempestades de areia afetam a qualidade do ar e da poeira do ar tem significância na economia, saúde,
ecológico, e nos impactos hidrológicos
em varias regiões.
A erosão do solo pelo vento é pior nas regiões áridas e semi-áridas. Áreas mais suscetíveis à erosão do vento em terras agrícolas incluem grande parte do norte da África e no Oriente Médio; partes do sul, central, e leste da Ásia; às planícies da Sibéria; Austrália; noroeste da China; América do Sul; e América do Norte. No Brasil, as regiões mais famosas estão nos estados do Ceará e Santa Catarina. Esse tipo de erosão, se provocada por um grande período de tempo, pode modificar completamente o cenário natural.
A erosão do solo pelo vento é pior nas regiões áridas e semi-áridas. Áreas mais suscetíveis à erosão do vento em terras agrícolas incluem grande parte do norte da África e no Oriente Médio; partes do sul, central, e leste da Ásia; às planícies da Sibéria; Austrália; noroeste da China; América do Sul; e América do Norte. No Brasil, as regiões mais famosas estão nos estados do Ceará e Santa Catarina. Esse tipo de erosão, se provocada por um grande período de tempo, pode modificar completamente o cenário natural.
Referências:
BERTONI, J.;LOMBARDI NETO, F.; Conservação
do solo. Piracicaba, São Paulo: Livroceres, 1985.392 p.
BRADY, N.C.; Natureza e
propriedades dos solos. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989. 878 p.
GLIESSMAN, S.R.; Agroecologia:
Processos Ecológicos em Agricultura Sustentável. 3 ed. Porto Alegre: Editora
UFRGS, 2005.
MARAVILHAS Naturais do
Mundo. Lisboa, Seleções do Reader’s Digest, 1980. 455 p. il. p. 171, 309 e 389.
RIO GRANDE DO SUL.; Secretaria da
Agricultura. Manual de conservação do solo e água: uso adequado e
preservação dos recursos naturais renováveis. 3. ed. atualizada. Porto Alegre, 1985. 287 p.
SCS-USDA. 1994. Summary Report. National Resources Inventory. Washington, D.C. 54 pp.
.______ The problem of Wind Erosion. Disponível em:<http://www.weru.ksu.edu/new_weru/problem/problem.shtml>
Acesso em: 10 de Jan. de 2015.
SCS-USDA. 1994. Summary Report. National Resources Inventory. Washington, D.C. 54 pp.
.______ The problem of Wind Erosion. Disponível em:<http://www.weru.ksu.edu/new_weru/problem/problem.shtml>