Campo Ecológico
Quem
não conhece o manjericão (Ocimum
basilicum) uma planta que além de suas
utilidades na culinária é usada por suas propriedades fitoterápicas. Além disso, esta planta vem sendo usado pelas
indústrias para extração de óleo essencial, o linalol, responsável
pelas notas florais dos perfumes da alta perfumaria, inclusive o famoso Chanel
nº 5.
Há anos esse óleo era extraído de uma árvore que era muito
comum em décadas passadas na Amazônia, o pau-rosa, árvore cujo tronco fornece
esse óleo por onde se extrai o linalol. Mas o pau-rosa entrou na lista de
espécies ameaçadas de extinção pelo IBAMA, com isso buscou-se alternativas que
pudessem substituí-las, com isso descobriu-se o manjericão que tem grande
potencial agronômico para extração deste óleo.
O linalol é matéria-prima em mais de 70% de perfumes e
aromas, alias tudo que lembra flores acaba levando essa substancia, embora se
tenha conseguido obter o linalol sintético, mas não é a mesma coisa que o
natural, principalmente para a perfumaria fina.
Há várias etapas no processo de extração do óleo, primeiro
tira-se o óleo bruto da folha, depois é preciso mandar o material para uma
indústria de fracionamento isolar o linalol; já no caso do pau-rosa, depois do
corte da árvore, pega os cavacos da mesma, ferve e retira o óleo. No manjericão
a concentração de óleo é de 0,2%, sendo que 40% desse volume é de linalol, já
no pau-rosa, há mais de 1% de óleo, com mais de 80% de linalol. Mas isso é
relativo, pois enquanto essa árvore demora mais de 200 anos para crescer após o
corte, e não permite o replantio, o manjericão pode ter até três cortes num
ano, com excelente produtividade.
Referências:
- Um
perfume de manjericão: Tempero é opção para produção de linalol, óleo essencial
de perfumes como o Chanel nº 5. Sou Agro. Disponível em: <http://souagro.com.br/um-perfume-de-manjericao/>
Acesso em 30 de dezembro de 2014.
- MAY, André et al. Basil
plants growth and essential oil yield in a production system with successive
cuts. Bragantia [online]. 2008, vol.67, n.2,
pp. 385-389. ISSN 1678-4499.Disponivel em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0006-87052008000200014>.
Acesso em: 02 de janeiro de 2015.
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