Tubarão-martelo e seu hábil detector de eletricidade

ANIMAL WORLD

Tubarão-martelo da espécie Sphyrna zygaena
 Muitos devem achar bem estranho a cabeça do tubarão-martelo (Sphyrna sp.), mas poucos sabem o porquê dessa cabeça com a forma que lembra um martelo. Os tubarões em geral possuem um pouco de percepção a quantidade mínima de eletricidade, que são auxiliadas pelo outros órgãos do sentido como audição, olfato e visão, só que no tubarão-martelo esta percepção é bem mais acentuada, aliás, é provavelmente por isso que sua cabeça tem uma forma tão curiosa.

Os tubarões possuem receptores elétricos que são centenas de poros minúsculos chamados de ampolas de Lorenzini preenchidos com um gel condutor como uma geleia, capazes de captar impulsos elétricos de baixa intensidade (gerados pela respiração ou batimento cardíaco dos animais, por exemplo). Nos tubarões em geral, esses poros estão espalhados pela boca e mandíbula inferior.

Já o tubarão-martelo possui uma grande quantidade desses receptores na parte inferior de sua cabeça. Sua cabeça de formato estranho, responsável por seu nome, acomoda uma quantidade maior de ampolas. Isso lhe permite caçar sem precisar utilizar a visão, habilidade necessária a um predador que sai para jantar de noite, na escuridão do oceano.

Os tubarões-martelo possuem a habilidade de detectar as mais imperceptíveis correntes causadas pela interação entre os corpos de suas presas e a água do mar, inclusive as mais delicadas emitidas pelas contrações musculares do coração dos animais, como a de uma arraia, por exemplo.

Há espécies de tubarão-martelo, que podem medir até 6 m de comprimento e existem duas espécies que são consideradas vulneráveis e duas ameaças de extinção na lista vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês). Uma das maiores ameaças é o comércio de barbatanas.
Referências: 



1 comentários:

Anônimo disse...

Achei super interessante isso!