Turismo na Amazônia: Parintins, a cidade do Caprichoso e Garantido

História de Parintins:
Durante as viagens exploratórias da Coroa Portuguesa em 1796, a Ilha Tupinambarana, hoje Município de Paritins, foi descoberta pelo Capitão de Milícias José Pedro Cordovil. A região era habitada pelos índios Tupinambá - de onde surgiu o nome da ilha - e também pelas tribos Sapupé, Peruviana, Mundurucu, Mawe e Parintins. No ano de 1803, uma missão religiosa sob a direção do frei José das Chagas, denominada Vila Nova da Rainha, instalou-se no lugar. Em 1833, essa Missão foi elevada à categoria de Freguesia, mudando o nome para Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana. Em 15 de outrubro de 1852 a elevação da Vila é efetivada, passando em então a se chamar Vila Bela da Imperatriz. Em 25 de Dezembro de 1880 a sede do município passou a se chamar Parintins, nome vindo dos índios Parintins ou Parintintins, antigos habitantes do local. Já em 1991, na vigência da divisão administrativa, o Município era composto de quatro distritos: Parintins (sede), Paraná do Ramos, Nhamundá e Xiburi. Mais tarde, foi criado o distrito da Ilha das Cotias, que em 1950 passou a constituir o Município de Nhamundá. Extinta a antiga divisão distrital, o Município de Parintins é constituido pela cidade de Parintins (sede) e pelas agrovilas de Mocambo e Cabury.


Atrativos Turísticos:

Catedral N.S do Carmo

Fundada em 31 de maio de 1962, ela é toada de tijolos aparentes e foi projetada na Itália. Ao seu lado esquerdo encontra-se uma torres de 40 metros que acompanha o estilo da Catedral. É a edificação mais alta do Município e pode ser vista a quilômetros de distância. A Catedral fica localizada na Av. Amazonas, s/n.


Igreja do Sagrado Coração de Jesus
Fundada em 1945, era a antiga Igreja N.S. do Carmo, mas com a construção da nova catedral passou a se chamar Sagrado Coração de Jesus em 1962. Ela fica localizada na praça Sagrado Coração, bem em frente ao colégio N.S. DO Carmo, o mais tradicional de Parintins. A Igreja tem à frente o rio Amazonas e é um dos melhores Lugares para se ver o pôr-do-sol.

Igreja de São Benedito
Fundada em 1795 pelo Frei José das Chagas, foi a primeira Igreja de Parintins. Demolida em 1905, hoje deu lugar á praça do Cristo Redentor e a nova capela de São Benedito foi construída em 1945, no bairro que tem o mesmo nome.

Vila Amazônica
Está situada a leste da cidade de Parintins, distante 20 minutos de barco. Banhada pelo rio Amazonas e pelo Paraná do Ramos, a vila tem uma área de 78.270 há onde moram 67 famílias. A importância história do lugar está relacionada ao apogeu da juta no Estado nas décadas de 30 e 40 do último século. Nessa época a Vila Amazônica foi criada para assentamento de imigrantes japoneses que vieram desenvolver a agricultura e implantar o cultivo da juta.


Os aspectos físicos e geográficos não traduzem totalmente o que é Parintins, a cidade dos Bumbás Caprichoso e Garantido, mas também uma cidadela simples que impõe atitude pelas diversas particularidades que possui e que encanta qualquer visitante. Hospitalidade, alegria, devoção e simplicidade são as chaves do sucesso dessa cidade.

O modo de vida do parintinense é fruto de uma cultura mágica, difícil de explicar. Sem a euforia dos dias que antecedem o grande festival folclórico, Parintins é apenas uma aldeia de gente muito simpática, que anda pelas ruas de bicicleta, que pinta as fachadas das casas da cor do boi que faz pulsar a paixão, que conversa das tardes ao anoitecer em cadeiras de embalo nos batentes das portas e que também veste a melhor roupa, aos domingos para reverenciar na belíssima Catedral a santa do lugar, Nossa Senhora do Carmo.

É um cotidiano simples, mas ao mesmo tempo repleto de artes. O povo de Parintins já nasce com dons especiais. São artistas que compõem, cantam, esculpi, pintam com muita habilidade e até criam novos rumos para o português, inventando um linguajar próprio. Bastam um visitante chegar que eles querem demonstrar carinho, fazendo sentir-se em casa, chamando logo de parente (o mesmo que cara ou irmão), mostrando a cidade e seus talentos com orgulho.

Cidade cercada de belezas naturais, Parintins, a ilha do Paraíso, se completa mesmo pelo povo que tem. Os atrativos turísticos se tornam, portanto, importantes, mas não fundamentais. A Catedral de Nossa Senhora do Carmo, a Vila Amazônia, as praias de Taracuera ou do Varre Vento e Serra de Parintins são visitas obrigatórias, mas não perca uma bate-papo informal com a gente do local. Afinal, Parintins é repleta de personalidades e de mitos como seu Valdir Viana, famoso curandeiro; Dona Maria Ângela, a mulher que tem a casa e os objetos todos em vermelho em homenagem ao boi Garantido, ou até o sábio e folclorista Simão Pessoa, praticamente o engenheiro intelectual do bumba Caprichoso.

Visite os currais dos bois em Parintins, Caprichoso e Garantido, os personagens que projetam a cidade para o mundo. Conheça tudo e não esqueça, é claro, da culinária do local. E imprescindível.

Meio Ambiente: As plantas mais venenosas

No mundo existem muitas plantas venenosas, mas não dá para fazer um ranking das mais venenosas, porque o efeito da toxina varia de pessoa para pessoa, a quantidade de veneno varia bastante de planta para planta, e porque existem várias formas de contágio.Todavia destaco algumas que são conhecidas de muitos por serem altamente letais.


Jequiriti ( Abrus precatorius L.)


As sementes vermelhas dessa planta tem uma sustância chamada abrina, que mata quando mastigada. Os efeitos são que a abrina provoca a aglutinação das hemácias, formando coágulos e impedindo a circulação corpórea.É preciso levar a vitima rapidinho para o hospital, para serem feito uma lavagem gástrica e medicar o paciente com anticoagulantes.O jequiriti ficou conhecida em todo mundo no filme A lagoa Azul.






Comigo-ninguém-pode ( Dieffenbachia picta Schott)



Essa planta é muito comum como ornamental em casas, além de ser tida como amuleto contra mau-olhado, no entanto o caule e as folhas têm cristais de oxalato de cálcio, substância que provoca inflamações no corpo, quando mastigada, a planta fere as mucosas da boca, faringe e cordas vocais. A inflamação causa inchaços que impedem a passagem do ar e podem levar à asfixia.O tratamento é levar a vítima ao hospital para receber analgésicos contra a inflamação e passar por uma lavagem gástrica.







Pinhão-de-purga ( Jatropha curcas L.)

O pinhão-de-purga contém ricina nas sementes, ela causa aglutinação das hemácias e dificulta a circulação do sangue, a ingestão de quatro ou mais sementes pode causar a morte. A vítima deve passar por uma lavagem gástrica e tomar soro para não ficar desidratado. Essa planta é considerada uma planta daninha em lavouras e nas zonas rurais.





Mamona ( Ricinus communis L.)




A semente da mamona tem ricina que é uma toxina letal, causa coágulos sanguíneos,queimação na garganta, vômitos intensos, taquicardia e diarréia. Há casos de várias mortes de crianças que ingeriram uma única semente de mamona. O tratamento é a internação imediata, com lavagem e anticoagulantes.










Mandioca-brava ( Manihot utilissima Pohl)

A mandioca-brava é uma planta muito comum no Brasil, suas raizes e suas folhas possuem linamarina (no látex, notadamente na casca da raiz e nas folhas) em teor elevado, essa substância transforma-se em ácido cianídrico (altamente tóxico). O efeito da toxina no organismo é a asfixia e convulsões. No hospital além da lavagem gástrica é indicado como antídoto o nitrito de amila. A mandioca-brava é muito utilizada no Brasil, para a fabricação de farinha, mas ela passa por um processo que elimina sua toxidez.



Buchinha (Luffa operculata Cogn.)

A buchinha é uma trepadeira de caule 5-anguloso, gavinhas simples ou bífidas, compridas e vilosas. São poucos os relatos na literatura referentes a intoxicações por esta espécie, sua toxidez em alguns casos pode ser considerada grave, mais ela merece ser comentada porque se têm utilizado esta erva como chás preparados com os frutos, na tentativa de causar aborto. Os sintomas apareceram cerca de 24 horas após a ingestão do chá. Náuseas, vômitos, dores abdominais e dores de cabeça são os sintomas primários, subseqüentemente advêm hemorragias, podendo ocorrer o coma e a morte. Para o tratamento são recomendados apenas a administração de carvão ativado, e tratamento sintomático para distúrbios gastrintestinais.

Uma Boa comendo um Canguru

  ANIMAL WORLD

Eu estava em um site australiano, e vi fotos de uma Boa (cobra que tem parentesco com a jibóia) comendo um canguru. As fotos são chocantes, mas mostram como essas serpentes não peçonhentas se alimentam. Há muitas histórias aqui no Brasil sobre as Jibóias enormes, com 10 ou até 15 m de comprimento, que estrangulam pessoas enroscando-se em seus corpos. Outras falam de jibóias que engolem vítimas três vezes maiores que elas mesmas ou que põem em fulga uma caravana inteira de exploradores. São apenas histórias e lendas. Na realidade, a jibóia é de índole pacífica, não é venenosa e nunca ataca o homem. Ao contrário, foge à sua aproximação. Raramente passa de 3 metros de comprimento. Toma como presa principalmente aves, mamíferos pequenos e lagartos grandes. A jibóia apanha as suas vítimas ficando à espreita ou surpreendendo-as silenciosamente. Enrosca-se em torno delas e contrai o corpo até que a vítima não consiga respirar e morra sufocada. Engole a vítima tragando a cabeça primeiro e a digere devagar, caindo num torpor que dura às vezes diversas semanas. Despende pouca energia e pode ficar muito tempo sem comer.










Pesca na Amazônia: Pesca no Rio Xingu


O Rio Xingu é sem dúvida um dos rios da Amazônia onde a pesca, se torna um verdadeiro deleite.Um visual incrível, em meio a pescaria de alta produtividade. São 1.815 km conhecido com Rio Xingu, porém sua extensão é de 2.045 km, estando sua nascente localizada a 600m acima do nível do mar, nas serras do Roncador e Formosa. Descendo em direção ao rio Amazonas suas águas atingem uma área de aproximadamente 531.250 km².
São inúmeras corredeiras, lagoas, pequenos rio afluentes e alguns maiores como o Rio Iriri, que em seus 900km de extensão, assemelha-se ao Xingu e com grandes corredeiras, lagos e bacias.
A alta piscosidade é em função do difícil acesso, pois ao sairmos de Altamira até alcançarmos a região próximo ao Rio Iriri, temos que transpor inúmeras corredeiras, que na época da seca (junho a novembro) impossibilita qualquer tipo de navegação comercial, mesmo esta sendo feita em pequenos barcos.
Apesar do díficil acesso em algumas áreas, vale a pena porque é vasta a diversidade de peixes como Cachorras, Tucunarés, Pintados, Trairão, Jaús, Pirararas, Bicudas, Apapas entre tantos outros, fazem a festa dos amantes da pesca esportiva.

Meio Ambiente: O Manguezal




O mangue é uns dos biomas que mais me fascina,isso porque ele tem toda uma particularidade que fica evidenciado na sua riqueza vegetal e animal. Esse bioma é adaptado à zona de transição entre o mar e a terra firme,cujo o solo é lodoso e salgado.
Característico de regiões tropicais e subtropicais,está sujeito ao regime das marés, dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam a outros componentes vegetais e animais.
O ecossistema manguezal está associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa. A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.
A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.
A vegetação do mangue é formada por arbustos como a Rhizophora mangle,facilmente identificada por suas raízes-escoras, que aumenta a área de sustentação e a Avicennia tomentosa,cuja principal característica é apresentar raízes respiratórias, os pneumatóforos, cujas extremidades afloram perpendicularmente ao solo. Não há vegetação rasteira nos manguezais, e podem ser encontradas algumas epífitas, entre elas orquídeas e bromélias.
A fauna dos manguezais representa significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Os estoques de peixes, moluscos e crustáceos apresentam expressiva biomassa, constituindo excelentes fontes de proteína animal de alto valor nutricional. Os recursos pesqueiros são considerados como indispensáveis à subsistência das populações tradicionais da zona costeira.
O mangue tem uma importância muito grande para o equilibrio ecológico,como:
# Desempenha importante papel como exportador de matéria orgânica para o estuário, contribuindo para produtividade primária na zona costeira.
# É no mangue que peixes, moluscos e crustáceos encontram as condições ideais para reprodução, berçário, criadouro e abrigo para várias espécies de fauna aquática e terrestre, de valor ecológico e econômico.
# Os mangues produzem mais de 95% do alimento que o homem captura do mar.
# Sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.
# A vegetação de mangue serve para fixar as terras, impedindo assim a erosão e ao mesmo tempo estabilizando a costa.
# As raízes do mangue funcionam como filtros na retenção dos sedimentos.
# Constitui importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas
É possivel manter todo esse ecossistema de maneira sustentável,desenvolvendo atividades que podem ser desenvolvidas no manguezal sem lhe causar prejuízos ou danos, entre elas: pesca esportiva e de subsistência, evitando a sobrepesca, a pesca de pós - larva, juvenis e de fêmeas ovadas; cultivo de ostras; cultivo de plantas ornamentais (orquídeas e bromélias); criação de abelhas para a produção de mel; desenvolvimento de atividades turísticas, recreativas, educacionais e pesquisa cientifica.