Mosca-do-berne

 ANIMAL WORLD

A mosca Dermatobia hominis, cuja fase larval, no Brasil, é denominada por berne, encontra-se distribuída desde o sul do México, na América Central, em algumas ilhas do Caribe (Antilhas menores, Trinidad e Tobago) e em todos os países das América do Sul.
No Brasil, encontra-se distribuída em quase todos os Estados, variando de intensidade de acordo com as condições climáticas. No Mato Grosso do Sul, está presente durante o ano todo com picos populacionais em setembro/outubro e, em números consideráveis, durante todo o período chuvoso.
Essa mosca pertence a família Oestrida, é preto-acinzentada, com o abdome azul-escuro metálico, medindo de 10 a 12 mm de comprimento, ela também é chamada de "mosca berneira" (Dermatobia hominis),e causa a doença chamada berne e usa de um artifício muito interessante para a perpetuação da sua espécie. Esse inseto vive por apenas 24 horas. Na época da oviposição, que ocorre nas estações mais quentes do ano (presença de temperatura e umidade ideais), a mosca berneira "captura" um outro inseto, normalmente uma outra espécie de mosca( frequentemente a mosca domestica), e nele deposita seus ovos, na região do abdômen. Quando o inseto veiculador pousa sobre os pêlos do animal, as larvas são eclodidas e deixam o corpo do hospedeiro intermediário (mosca domestica, por exemplo) e se aloja no corpo do hospedeiro definitivo ( boi, cão, o homem etc.), quando a mosca pousa sobre o corpo do animal. As larvas caminham sobre os pêlos até atingirem a pele, e criam uma pequena perfuração por onde penetram. É nesse local que a larva irá se desenvolver. Em cerca de 1 semana, a larva já aumentou 8 vezes de tamanho, podendo permanecer por 40 dias ou mais na pele do hospedeiro, crescendo continuamente.
Larva da mosca-do-berne


Esquema do ciclo de vida da mosca-do-berne

O orifício por onde a larva penetrou permanece aberto durante todo o tempo, pois é através dele que a larva respira. Assim, é fácil reconhecer uma lesão causada por bernes: um nódulo subcutâneo com um orifício bem visível na superfície da pele.
A mosca do berne causam prejuízos principalmente na pecuária onde se traduzem pela redução na produção de carne, de leite, retardo do crescimento, pré-disposição à enfermidades diversas e, danos parciais ou totais nos couros, os quais, ainda acarretam prejuízos às indústrias calçadistas e produtos afins. Porem o próprio homem também pode ser vitima dessa mosca, como mostra nas fotos abaixo onde se retira uma larva por um medico das pálpebras e da cabeça de pessoas que foram infectadas. È importante o cuidado das pessoas principalmente em zonas rurais no controle do berne, o cuidado deve começar com os animais domésticos que são as maiores vitimas. Deve-se aplicar produtos químicos nos animais, onde será realizado por meio de banhos de aspersão, dorsal, nas formas parenteral, subcutânea ou oral, há também o uso de inseticidas, mas é importante a consulta do médico veterinário, e em caso de infecção em humanos deve-se procurar o médico o mais depressa.
___________________________________________________
Fonte:
  • www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD27.html
  • www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=berne.htm
  • www.icb.usp.br
  • NAKANO,O.;NETO,S.S.; CARVALHO, R.P.L. et al.Entomologia Agricola. Piracicaba: FEALQ, 2002

Meio Ambiente: A ecologia e a polinização das orquídeas


As orquídeas pertencem à ordem Asparagales, à família Orchidaceae. Alguns autores definem como a maior de todas as famílias botânicas, com números de espécies estimados entre 25000 e 40000. Mas um consenso geral é de que se trata da maior família botânica dentre as monocotiledôneas. Esses imponentes números desconsideram a enorme quantidade de híbridos e variedades produzidos por orquidicultores todos os anos. A quantidade de gêneros conhecidos também é surpreendente, superando a marca dos 700. Veja a lista de gêneros da família Orchidaceae.
A família Orchidaceae subdivide-se em 5 subfamílias (números estimados de gêneros e espécies pelo Phylogeny Group):

  • Apostasioideae - 2 gêneros e 16 espécies do Sudeste Asiático;
  • Cypripedioideae - 5 gêneros e 130 espécies das regiões temperadas do mundo, poucas na América tropical;
  • Vanilloideae - 15 gêneros e 180 espécies na faixa tropical e subtropical úmida do globo, e leste dos Estados Unidos;
  • Orchidoideae - 208 gêneros e 3630 espécies distribuídas em todo mundo, exceto nos desertos mais secos, no círculo Ártico e na Antártida;
  • Epidendroideae - mais de 500 gêneros e cerca de 20000 espécies distribuídas sobre as mesmas regiões de Orchidoidea, embora hajam algumas espécies subterrâneas no deserto australiano.

Brassolaeliocattleya Turambeat,híbrido entre os gêneros Brassavola, Laelia e Cattleya.

As espécies de orquídeas são um desafio para os teóricos em Biologia, no que diz respeito ao próprio conceito de espécie. Há muitas orquídeas, com características marcantemente próprias e diferentes de outras "espécies" que, quando postas em contato com estas outras, podem efetuar cruzamentos e produzir híbridos férteis. Estes híbridos ainda podem ser cruzados com outras espécies, e produzir novas gerações de híbridos férteis. Há híbridos entre espécies, e até mesmo entre gêneros. Há híbridos obtidos através do cruzamento de várias gerações de híbridos de 4 ou mais gêneros distintos. Este fenômeno é um dos trunfos dos orquidicultores, que podem "misturar" suas espécies e obter uma combinação quase infinita de novas formas e cores, mas também pode ocorrer naturalmente. É possível que várias "espécies" classificadas pelos botânicos sejam, na verdade, híbridos naturais há muito estabelecidos na natureza.
Esta confusão certamente influencia nas flutuações do número de espécies de Orchidaceae mencionados acima, uma vez que não há sequer um consenso do que seria exatamente uma espécie de orquídea.

Flor de Epidendrum philocremnum
Ecologia
Devido à grande distribuição geográfica, é natural que um grupo tão diverso também apresente adaptações das mais diversas aos seus ambientes.
Nas regiões tropicais úmidas, onde a luz e a umidade são abundantes, porém a competição com espécies arbóreas é muito forte, as orquídeas assumem um hábito predominantemente epifítico. Em busca de luz sob a sombra de árvores de mais de 40 metros de altura, estas ervas crescem sobre os galhos e troncos, a alturas variadas de acordo com as necessidades de cada espécie. Suas raízes, expostas ao ar, obtêm a maior parte dos nutrientes do material em decomposição ao seu redor, da água da chuva que lava as folhas das árvores no alto, ou da poeira existente no ar. Entremeado ao velame, existe um fungo chamado micorriza, que auxilia na decomposição de matéria orgânica e transformação desta em sais minerais, para facilitar sua absorção. Em casos extremos de umidade, as orquídeas podem absorver toda água e os nutrientes pelos poros em suas folhas, relegando as raízes apenas a função de sustentar a planta sobre o substrato. Nenhuma orquídea assume a função de parasita, ou seja, sua presença não prejudica seus hospedeiros (embora haja casos excepcionais em que o galho de uma árvore não suporte o peso de uma grande colônia de orquídeas e venha a quebrar).
Em regiões de clima temperado, onde a relva é predominante, assim como nas áreas de savana e campos rupestres, as orquídeas são basicamente plantas terrestres, com raízes subterrâneas bem desenvolvidas, às vezes com a formação de tubérculos. Nestas áreas de clima sazonal, as plantas normalmente passam por um estágio de dormência, em que, muitas vezes, sua parte aérea seca para evitar danos à sua fisiologia devido à seca, ou ao frio extremo.
De volta às florestas tropicais, também há muitas espécies terrestres, mas estas mantêm-se em desenvolvimento o ano inteiro. A grande quantidade de matéria orgânica disponível no solo da floresta favorece o surgimento de algumas poucas espécies saprófitas, orquídeas desprovidas de clorofila que obtêm toda a matéria orgânica de que precisam do material em decomposição ao seu redor.

Catasetum spec.
Polinização
Pela sua estrutura reprodutiva, as orquídeas obrigatoriamente necessitam do auxílio de animais para o transporte de pólen ao órgão feminino de suas flores, uma vez que a massa polínica é pesada demais para ser levada pelo vento, e a parte receptiva do órgão feminino não é exposta o suficiente para recebê-la. Assim, as orquídeas selecionaram as estratégias mais fascinantes para promover a polinização. As flores podem possuir cores e aromas que atraem a atenção de polinizadores diversos, como abelhas, borboletas, mariposas diurnas e noturnas, morcegos, besouros e beija-flores. Sua forma e tamanho também correspondem ao tipo de polinizador.
Algumas flores podem assumir formas extremas. Orquídeas do gênero europeu Ophrys, por exemplo, apresentam a cor e a forma do labelo, ornado por cerdas, de maneira tal que se assemelham a fêmeas de uma certa espécie de abelhas. De forma que o macho, atraído pelo feromônio produzido pela própria flor e pela sua forma, copula com esta por engano, levando consigo as polínias, que depositará na próxima flor que visitar.
Outras, como o gênero Angraecum das Filipinas, com flores noturnas, produzem néctar em tubos extremamente longos na base dos labelos, de modo que somente certas mariposas noturnas com probóscides igualmente longas, podem alcançá-lo. Ao posicionar-se diante das flores, as mariposas esbarram sua cabeça nas anteras, fazendo com que as polínias sejam atiradas e presas em si.
Algumas orquídeas, ainda, não produzem néctar, mas perfume. Algumas abelhas visitam as flores para recolher este perfume, que acredita-se ser usado por elas para a síntese de feromônios.

Laelia alaorii,espécie nativa do Brasil central.


Angraecum infundibulare, espécie asiática polinizada por mariposas noturnas.
__________________________________________________________
Disponível em:www.wikipedia.org


A praia da Ponta Negra, localizada a 13 KM do centro de Manaus-AM, é um dos principais pontos turísticos da cidade, onde se oferece grandiosidade e opções para o lazer e o turismo. Desde sua reforma tornou-se ponto de encontro da população da capital amazonense, seja para nadar, correr, praticar vôlei, futebol, futevôlei, skate, caminhar ou simplesmente apreciar a beleza e a magia da natureza.
O complexo possui bares com músicas regionais ao vivo, restaurantes, sorveterias e parquinho para a diversão das crianças. Não é a toa que o local é cartão postal da cidade. Tantos recursos prendem atenção do turista, que é recebido com muito prazer.
Orla de Ponta Negra

Durante a época da vazante do rio Negro, entre os meses de março e setembro, a praia se estende por quase dois quilômetros. As águas escuras, de temperatura sempre muito agradável, são convidativas ao banho e relaxamento. Com a lenta subida do rio, a praia praticamente desaparece e as águas chegam a tocar os sólidos paredões de pedra. Uma ótima vista para o pôr-do-sol.
Praia de Ponta Negra

O Anfiteatro da Ponta Negra tem capacidade para 15 mil pessoas e é equipado com sistema de som e vídeo de alta qualidade. Os mais importantes eventos artísticos são realizados no espaço, com a participação massiva da população.
Recentemente foi instalado na Ponta Negra uma Feira de Artesanato com produtos de matéria-prima regional e incentivo a mão-de-obra local. Vale a pena conhecer, visite!
Noite na praia de Ponta Negra

Povos da Amazônia: Cerâmicas Marajoara


A Cerâmica Marajoara é fruto do trabalho dos povos da Amazônia, os índios da Ilha de Marajó. A fase mais estudada e conhecida se refere ao período de 400/1400 dC.
Marajó é a maior ilha fluvial do mundo, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins, e pelo Oceano Atlântico. Localiza-se no estado do Pará-PA, região norte do Brasil.
O maior acervo de peças de Cerâmica Marajoara encontra-se no Museu Emilio Goeldi em Belém-PA. Há também peças no Museu Nacional no Rio de Janeiro, (Quinta da Boa Vista), no Museu Arqueológico da USP em São Paulo-SP, e no Museu Universitário Prof Oswaldo Rodrigues Cabral ,na cidade de Florianópolis-SC e em museus do exterior - American Museum of Natural History-New York e Museu Barbier-Mueller em Genebra.
Um dos maiores responsáveis, atualmente, pela memória e resgate da civilização indígena da ilha de Marajó é Giovanni Gallo, que criou em 1972 e administra o Museu do Marajó , localizado em Cachoeira do Arari. O museu reúne objetos representativos da cultura da região - usos e costumes.
Para se chegar à ilha leva-se 3 horas de barco, ou 30 minutos, de avião, partindo-se de Belém, capital paraense. Visando manter a tradição regional, o museólogo criou um ateliê de cerâmica onde são reproduzidas e comercializadas peças copiadas do acervo. O barro é modelado manualmente com a técnica das cobrinhas (roletes), sem o uso do torno de oleiro.
Os índios de Marajó faziam peças utilitárias e decorativas. Confeccionavam vasilhas, potes, urnas funerárias, apitos, chocalhos machados, bonecas de criança, cachimbos, estatuetas, porta-veneno para as flechas, tangas (tapa-sexo usado para cobrir as genitália das moças) – talvez as únicas, não só na América mas em todo o mundo, feitas de cerâmica.
Os objetos eram zoomorfizados (representação de animais) ou antropomorfizados (forma semelhante ao homem ou parte dele), mas também poderiam misturar as duas formas-zooantropomorfos.
Vaso igaçaba da boca fina

Visando aumentar a resistência do barro eram agregadas outras substâncias-minerais ou vegetais: cinzas de cascas de árvores e de ossos, pó de pedra e concha e o cauixi-uma esponja silicosa que recobre a raiz de árvores, permanentemente submersas.
As peças eram acromáticas (sem uso de cor na decoração, só a tonalidade do barro queimado) e cromáticas. A coloração era obtida com o uso de engobes (barro em estado líquido) e com pigmentos de origem vegetal. Para o tom vermelho usavam o urucum, para o branco o caulim, para o preto o jenipapo, além do carvão e da fuligem.
Depois de queimada, em forno de buraco ou em fogueira a céu aberto, a peça recebia uma espécie de verniz obtido do breu do jutaí, material que propiciava um acabamento.
Nas urnas funerárias, os índios colocavam os restos de seus mortos-ossos acompanhados de objetos. Externamente, tais urnas eram decoradas com desenhos gráficos relativos às crenças e aos deuses adorados.
Prato risco grosso

A decoração da Cerâmica Marajoara era feita com traços gráficos simétricos e harmoniosos, em baixo e alto relevo, entalhes, aplicações e outras técnicas.
A descoberta de artefatos marajoaras é dificultada por ser o solo da ilha extremamente úmido e sujeito a inundações periódicas. Infelizmente, no correr dos anos, muitos objetos encontrados em escavações arqueológicas foram saqueados e até contrabandeados para o exterior - um grave desrespeito ao patrimônio cultural brasileiro.
Hoje em dia o mais importante pólo de resgate da cerâmica marajoara no estado do Pará encontra-se em Icoaraci, localidade próxima à cidade de Belém.
Os artesãos usam o barro colhido nas margens dos igarapés da região, modelam, à mão ou em tornos-de-pé, réplicas, peças utilitárias e decorativas, queimam em rústicos fornos a lenha, decoram com engobes, e usam a técnica de brunir.
Através do Liceu de Artes e Ofícios do local, fundado em 1996, são formados novos artistas do barro voltados para a preservação e a renovação desta cultura. Estes artesãos redesenham a cerâmica marajoara com novas formas, não deixando, entretanto, de fazer réplicas.
O Liceu leva o nome do Mestre Cardoso-Raimundo Saraiva Cardoso figura de destaque nos trabalhos de resgate da cerâmica marajoara. O Mestre e sua mulher Inês Cardoso trabalham para o Museu Emílio Goeldi fazendo réplicas de peças Marajoaras.
Outros nomes importantes, do passado e do presente, no que se refere à cerâmica em Icoaraci são: Seu Cabeludo (Antonio Farias de Vieira), Seu Anísio , Amiraldo, Mestre Rosemiro, Dona Ana, Dona Zuíla, Elias, Cauby, Antonio, Levi, Ademar, Wilson, Júlio, Manuel, Guilherme Santana e Hildelmar.
Vaso risco grosso
________________________________________________________
Disponível em:www.losartesanos.com/indigena/marajoara.htm

Papeis de Parede de Natureza


A beleza de Fernando de Noronha, um dos lugares mais paradisíacos do Brasil, vale a pena poder conhecer esse maravilha.

Se um dia você fizer um ecoturismo a Mato Grosso do sul não deixe de conhecer o Buraco das Araras.


Localizado no leste de Tocantins, o Jalapão é um verdadeiro oásis perdido no meio do cerrado.