O Grito do Bugio

 ANIMAL WORLD

 O Bugio também conhecido como Guariba ou Barbado está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros. Ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba.
O Alouatta guariba é a espécie de bugio que habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia (subespécie Alouatta guariba guariba) até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones (Subespécie Alouatta guariba clamitans). As duas subespécies constam na lista do Ibama como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.
O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.
• Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias.
• Filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida.
• Maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos.
• Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.
• Pouco ativo, se locomove vagarosamente com a auxílio de sua cauda preênsil, que pode atingir 80 cm.
• Pode atingir até 9 kg de peso.

Quando amanhece em algum lugar de uma floresta tropical da América do Sul ouvem-se rugidos crescentes. Primeiro um, em seguida outro e depois outro, cada qual mais forte e penetrante. São os bandos de bugios comunicando a sua localização uns para os outros, como se cada indivíduo estivesse dizendo: "Estou no pedaço."
O grito é a sua característica mais importante (um ronco forte). É interrompido e recomeçado várias vezes durante minutos e até horas. Costuma ser emitido também quando são observados outros grupos se aproximando ou com a invasão do território por outro indivíduo.
Quem ouve o ronco assustador do bugio nem imagina que por trás daquele estrondo e da barba espessa, esconde-se um macaco tímido, que vive em pequenos grupos, de três a doze indivíduos, de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto. Quanto ao seu tempo de vida, pouco se sabe, pois trata-se de um animal que não se adapta bem ao cativeiro.
A amplificação da potência desses sons é obtida graças ao hióide, pequeno osso situado entre a laringe e a base da língua. Na presença de um predador, ou de outros grupos de bugios o hióide funciona como uma caixa de ressonância.
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Disponível em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Bugio

SOS Planeta Terra: Perigos do Lixo Hospitalar


Lixo hospitalar é a classificação dada à produtos sem valor e considerados perigosos produzidos dentro de um hospital, como seringas usadas, aventais, etc. Por serem perigosos, podendo conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante produzido dentro do hospital (restos de comida, etc), e é geralmente incinerado. Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que mantiveram constante contato com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.
Há, no Brasil, mais de 30 mil unidades de saúde, produzindo resíduos e, na maioria das cidades,a questão da destinação final dos resíduos urbanos não está resolvida. Predominam os vazadouros a céu aberto.Da mesma forma que para os resíduos sólidos
em geral, as propostas de gerenciamento para os resíduos hospitalares tem-se fundamentado em padrões do Primeiro Mundo.A questão central que se coloca é sobre a
periculosidade ou não dos resíduos hospitalares. Embora esta seja uma questão não-resolvida, os países desenvolvidos adotam uma política cautelosa e consideram tais resíduos como resíduos que exigem tratamento especial (perigosos, patogênicos, patológicos, entre outras denominações). A recomendação de incineração dos resíduos, ou de parte deles, é uma constante. Uma pesquisa realizada em 1986 nos Estados Unidos revelou que, embora em apenas cinco estados os medical wastes fossem considerados perigosos, do ponto de vista legal, em todos os estados a autoclavagem ou a incineração eram recomendadas ou obrigatórias. No Brasil os resíduos hospitalares estão ainda pouco estudados.Dois documentos: “Management of Waste from Hospitals – WHO” (1983) e “EPA Guide for Infections Waste anagement(1986), serviram
de referência básica para a maior parte dos trabalhos elaborados no Brasil, com vistas ao gerenciamento dos resíduos hospitalares. Esta influência é nítida nos documentos que se seguem, onde os resíduos hospitalares ou parte deles são considerados perigosos.
• “Subsídios para Organização de Sistemas de Resíduos em Serviços de Saúde
– Centro de Vigilância Sanitária – Suds – SP” (1989).
• “Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR-10004; NBR-12807;
NBR-12808; NBR-12809; NBR-12810”.
• “Legislação de vários municípios, estabelecendo a incineração dos resíduos hospitalares: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outros”(1989).
• “Portaria no 063 de 1979 do Ministério do Interior, tratando da obrigatoriedade da
incineração dos resíduos hospitalares (em 1991 o Conama desobrigou a incineração
do lixo hospitalar)”.

A inadequação de tal enfoque, verifica-se na prática, com a quase total ausência de incineradores para lixo hospitalar instalados e/ou em operação no Brasil, e no pequeno número de unidades de saúde que manuseiam seus resíduos dentro
de padrões considerados satisfatórios.Avaliação feita em sete hospitais de Campo
Grande – Mato Grosso do Sul, concluiu: “os sistemas de manipulação dos resíduos hospitalares continuam negligenciados e tão precários como há décadas atrás” (Moraes, 1988: 39). Parte dos resíduos eram incinerados a céu aberto e o restante era disposto no aterro de lixo do município. Em Florianópolis “a maioria absoluta dos
hospitais não tem normas adequadas de manuseio interno dos resíduos hospitalares. Como regra geral as unidades hospitalares desconhecem o volume e a qualidade dos resíduos que produzem e o destino dado aos mesmos” (Pinheiro,1993: 36).
Recentemente, os jornais noticiaram sobre catadores, comendo carne humana de resíduos hospitalares dispostos inadequadamente em vazadouro a céu aberto, em Pernambuco. A escassez de recursos para o setor de saúde e a dificuldade dos hospitais em implementar sistemas de manuseio dos resíduos, exigem das comunidades técnocientífica e política (?), repensar a questão.Em alguns municípios, dos quais São Paulo e Rio de Janeiro são dois exemplos maiores, a adoção de usinas de reciclagem e compostagem para tratamento e destino do lixo urbano e a dúvida sobre a periculosidade dos resíduos hospitalares, levaram à implementação de sistemas diferenciados específicos para sua coleta, com ele318 Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, abr/jun, 1995 Ferreira, J. A.vação dos custos operacionais, e a utilização de outro destino para os mesmos (até o presente, em aterros). Já se discute, ainda que em âmbito limitado, a instalação de incineradores centrais para resíduos hospitalares. Usinas de incineração têm custos estratosféricos para os orçamentos públicos terceiromundistas.Apesar disso, Porto Alegre, Curitiba, Americana, Guarulhos, entre outras, estudam (1992) a incineração dos resíduos hospitalares.E o meio ambiente? Não pretendemos reduzir sua importância, pelo contrário, consideramos
que a oportunidade que temos nos países subdesenvolvidos, de não perder a corrida contra o meio ambiente (o homem como integrante do mesmo), reside em não reproduzirmos os modelos vigentes nos países desenvolvidos.Na parte final deste trabalho vamos alimentar a polêmica sobre a periculosidade ou não dos resíduos hospitalares.

Processos de Destino:
*Incineração:a incineração do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, trata-se da queima o lixo infectante transformando-o em cinzas, uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados.
*Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito utilizado. Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, mas o espaço para todo o lixo produzido ainda é um problema em muitas cidades.
A maioria dos hospitais tomam pouco ou quase nenhuma providência com relação às toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos limitam-se ou a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais, quando estes existem, ou lançam diretamente em lixões ou simplesmente queimam os resíduos.
Torna-se importante destacar os muitos casos de acidentes com funcionários, envolvendo perfurações com agulhas, lâminas de bisturi e outros materiais denominados perfuro-cortantes. O desconhecimento faz com que o chamado "lixo hospitalar", cresça e amedronte os colaboradores e clientes das instituições de saúde.

Lixos Não-Infectantes
- Especiais
Radioativos: compostos por materiais diversos, expostos à radiação; resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).

- Comuns
Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de preparo de alimentos, estes não poderão ser encaminhados para alimentação de animais.

Algumas Soluções
Os constantes problemas, o desconhecimento, o medo, mas principalmente o desejo de que o assunto fosse tratado de uma forma técnica, profissional, levou-se a desenvolver um projeto que resolvesse definitivamente o problema.

Objetivos do projeto:
- Elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos serviços de saúde";
- Permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos. A atividade hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em dezenas de setores com atividades diversas;
- Estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino adequados;
- Reduzir ou se possível eliminar os riscos a saúde dos funcionários, clientes e comunidade;
- Eliminar o manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte geradora;
- Permitir o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários;
- Reduzir o volume de resíduos para incineração e coleta especial;
- Colaborar para reduzir a poluição ambiental, gerando , incinerando e encaminhando aos órgão públicos a menor quantidade possível de resíduos.
-Resíduos sólidos do grupo A deverão ser acondicionados em sacos plásticos grossos, brancos leitosos e resistentes com simbologia de substância infectante. Devem ser esterilizados ou incinerados.
-Os restos alimentares in natura não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais.

A PERICULOSIDADE:

Os resíduos hospitalares, comparados aos domiciliares, são mais, menos ou igualmente perigosos? A literatura sobre o assunto tende a minimizar a periculosidade, mais especificamente, a condição infecciosa dos resíduos hospitalares. Nos Estados Unidos, até 1986 a EPA “afirmava que não existia definição universalmente
aceita para resíduos infecciosos”.Além disso a EPA “ainda não estabeleceu
regulamentação para gerenciamento de resíduos infecciosos, que teria efeito de lei, nem trouxe a público qualquer evidência de que haveria de fato uma relação entre o gerenciamento ou o mau gerenciamento de resíduos hospitalares infecciosos e doenças infecciosas produzidas na população que tenha estado em contato com tais resíduos” (Dugan, 1992: 348).A preocupação da população com os resíduos hospitalares tem aumentado principalmente após o advento da AIDS. “Entretanto, existem ainda
dúvidas na compreensão dos modos de transmissãodos agentes associados a doenças originárias do sangue” (Li & Jenq, 1993: 145). “A maioria, se não todos os receios do
público sobre os riscos de infecção por resíduos de serviços de saúde (agulhas são
uma exceção), considerados diferentes do lixo domiciliar, antes e depois da disposição,
têm pouca base científica”(Collins & Kenedy, 1992: 05)
Na conclusão de um artigo sobre tratamento de resíduos hospitalares Plassais (1993) indaga: “mas este tipo de resíduo gera algum risco epidemiológico para a população”?
No Relatório Preliminar sobre Gerenciamento de Resíduos Hospitalares nos Estados Unidos, enviado ao Congresso em 1990, a EPA “reconhecia que, a maioria dos especialistas na área,eram de opinião de que os mesmos não apresentam riscos à população, mesmo quando são mal gerenciados ou impropriamente dispostos”
(Dugan, 1992: 349).“Entre os trabalhadores que atuam na limpeza e remoção dos resíduos hospitalares, a preocupação com AIDS e Hepatite B transmitidas pelos resíduos aumentou consideravelmente, embora não exista comprovação epidemiológica de tal transmissão” (Turnberg & Frost, 1990: 1262) “A percepção pública dos riscos associados aos resíduos hospitalares, gerou a promulgação de legislação baseada mais em histeria e motivação política que em fatos científicos” (Keene, 1991: 682).

Os problemas que o lixo causa:
• Se o lixo é constantemente jogado em rios ou córregos, vão se acumulando a ponto de não permitir o fluxo da água para locais onde o rio é canalizado. Isto resulta nas enchentes;
• O lixo exposto ao ar, atrai inúmeros animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os fungos, fazendo seu fantástico papel na natureza. O cheiro da decomposição se alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e urubus, que além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo, se proliferam, pois o local também lhes oferece abrigo. Estes animais são veiculadores (vetores) de muitas doenças, podendo citar-se a febre tifóide, a cólera, diversas diarréias, disenteria, tracoma, peste bubônica;
• Quando o lixo se acumula e permanece por algum tempo em determinado local (solo), começa a ser decomposto por bactérias anaeróbicas, resultando na produção de chorume, que é 10 vezes mais poluente que o esgoto. Isto por que o chorume dissolve substâncias como tintas, resinas e outras substâncias químicas e metais pesados de alta toxicidade, contaminando o solo e impedindo o crescimento das plantas, ou fazendo com que estas substâncias se acumulem na cadeia alimentar.
• Quando chove, o solo se torna mais permeável e os líquidos que saem do lixo podem chegar até os lençóis freáticos e águas subterrâneas (processo conhecido como lixiviação), poluindo águas de rios que servem de habitat para inúmeras espécies e fonte de água para muitas outras, inclusive o homem. A poluição pelo lixo pode chegar até o oceano atingindo mais e mais espécies, causando considerável desequilíbrio ecológico;

. Mesmo que os resíduos sólidos não sejam queimados, o material orgânico em decomposição gera, além do chorume, gás metano (CH4) e outros gases (como o gás sulfídrico), que causam odores desagradáveis, escurece a pintura dos edifícios vizinhos e se torna explosivo quando colocado em um depósito próximo ou outro espaço fechado. Além disso, algumas pessoas podem vir a desenvolver doenças respiratórias;
• É muito comum o lixo ser queimado para diminuir o volume, evitando uma aparência desagradável e a proliferação dos vetores. A queima de qualquer material libera CO2 (gás carbônico) na atmosfera, gás tóxico em grandes quantidades (o que já acontece devido à emissão por fábricas e carros). Além deste, outros gases, também altamente tóxicos, são liberados na atmosfera quando o lixo é queimado à céu aberto;
• Com a incineração, os problemas como doenças, quantidade e volume excessivos, alguns problemas de toxicidade e má aparência são amenizados, mas ainda assim é necessário destinar adequadamente o que sobrou desta queima (escórias e cinzas) para evitar outros problemas, pois os resíduos ainda oferecem risco potencial ao ambiente. Durante a incineração, os resíduos são potencialmente perigosos: O plástico é o pior deles. Podem-se formar, com a incineração, ácidos halogenados a partir das moléculas de cloro presentes em alguns plásticos (como o PVC) que são responsáveis, junto com outras substâncias poluentes, pela acidificação de águas e de solos e pela síntese de dioxinas e furanos. Assim, para que este sistema seja eficiente, é necessário um sistema de tratamento rigoroso de gases (o que tem um custo muito elevado e, portanto, não é muito praticado).
• O acúmulo de lixo na paisagem traz problemas de ordem estética. Já pensou em morar em um bairro próximo a um lixão? As áreas próximas a lixões ou até mesmo aterros sanitários perdem seu valor monetário;
• Além disso, o acúmulo de lixo em determinada região impossibilita o uso do espaço para outras finalidades (cada tonelada de lixo solto, isto é, sem sofrer compactação, ocupa um volume entre 3 e 5m3).
• Quanto mais lixo é gerado, maiores são os gastos da prefeitura e do governo com os serviços necessários para a manutenção de uma cidade ou país. Em uma cidade, os gastos públicos para lidar com os resíduos são espantosamente altos. Enquanto isso, os gastos com a saúde, educação e outros serviços fundamentais parecem estar sendo insuficientes. Uma vez ‘resolvidos’ os problemas com o lixo, muitos problemas como o de abastecimento, da saúde e do desemprego também poderiam ser amenizados: a diminuição do desperdício poderia fazer com que alimentos, utensílios e outros bens fossem mais bem distribuídos para a população; as doenças causadas pelo lixo iriam diminuir se este fosse destinado adequadamente; poderiam ser criados novos empregos relacionados à gestão dos resíduos urbanos se ambos a população e o Poder Público se preocupassem e se envolvessem mais com esta questão. Assim, este assunto é de extrema importância na busca do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

> Ou acabamos com o lixo ou o lixo acaba com a gente...
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Partes do texto disponível no site Ambiente Brasil: www.ambientebrasil.com.br

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, W. V., 1992. Tecnociência, Ética e Natureza ou Considerações sobre o Desafio dos Desafios. Versão Preliminar. Rio de Janeiro: IFICS/UFRJ. (Mimeo.)
CARNEIRO LEÃO, E., 1992. A Ética do desenvolvimento. In: Saúde, Ambiente e Desenvolvimento (M. C. Leal; P. C. Sabroza; R. H. Rodriguez & P. M. Buss, orgs.), pp. 217-232, vol. 2, São Paulo: Hucitec/Rio de Janeiro: Abrasco.
COLLINS, C. H. & KENEDY, D. A., 1992. The microbiological hazards of municipal and clinical wastes. Journal of Applied Bacteriology, 1: 01-06.
D'AVIGNON, A., 1993. Alumínio: energia solidificada? Ecologia e Desenvolvimento, 25: 26-29.
DUGAN, S. F. X., 1992. Regulated medical waste: Is any of it infectious? New York State Journal of Medicine, 8: 349- 352.
EPA (Environmemtal Protection Agency - Office of Solid Waste), 1986. Guide for Infections Waste Management. Washington, DC: EPA.
FEDORAK, P. & ROGERS, R., 1991. Assessment of the potential health risks with the dissemination of micro-organisms from a landfill site. Waste Management & Research, 6: 537-563.
GUATTARI, F., 1989. As Três Ecologias. São Paulo: Papirus.
KEENE, J. H., 1991. Medical Waste: A Minimal Hazard. Infection Control and Hospital Epidemiology, 12: 682-685.
[ Medline ]
LI, C. S. & JENQ, F. T., 1993. Physical and Chemical Composition of Hospital Waste. Infection Control and Hospital Epidemiology, 14: 145-150.
[ Medline ]
FERREIRA, J. A. Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: Uma Discussão Ética. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, abr/jun, 1995.

Meio Ambiente: Comunidades de Macrófitas Aquáticas

As plantas aquáticas são conhecidas pelos pesquisadores como macrófitas aquáticas (macro = grande, fita = planta). São vegetais que habitam desde brejos até ambientes totalmente submersos (isto é, debaixo d'água). As macrófitas aquáticas são, em sua grande maioria, vegetais terrestres que ao longo de seu processo evolutivo, se adaptaram ao ambiente aquático, por isso apresentam algumas características de vegetais terrestres e uma grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes (o que torna sua ocorrência muito ampla).
Os grupos de macrófitas aquáticas são relacionadas quanto ao seu biótopo,que são denominados de grupos ecológicos.

  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS EMERSAS: plantas enraizadas no sedimento e com folhas fora d’água. Ex.:
Taboa (Typha angustifólia L.)
Planta perene, herbácea, ereta, rizomatosa, de caule cilíndrico, com 2-3 m de altura, nativa da Am. do Sul. Propaga-se por sementes e vegetativamente através de rizomas. É bastante vigorosa, chegando a produzir 7 mil Kg de rizomas por hectare.


Outros exemplos: Pontederia, Echinodorus, Eleocharis, etc.
  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS COM FOLHAS FLUTUANTES: plantas enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície da água.Ex.:
Vitória-régia (Victoria amazônica)
A vitória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metro de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) é branca e abre-se apenas à noite, a partir das seis horas da tarde, e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre", mantem-se aberta até aproximadamente as nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam prisioneiros. Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios)em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d'água.


  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS SUBMERSAS ENRAIZADAS: plantas enraizadas no sedimento, que crescem totalmente submersas na água. A maioria tem órgãos reprodutivos flutuando na superfície ou aéreos.Ex:
Erva-d’água ( Egeria densa)
Planta perene, aquática submersa, enraizada, herbácea, pouco ramificada. É frequentemente usada em aquários, mas pode ser uma planta daninha, infestando principalmente mananciais de água parada como lagoas, represas e pequenos tanques de criação de peixes.


Outros exemplos: Myriophyllum, Elodea, Hydrilla, Vallisneria etc.

  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS SUBMERSAS LIVRES: são plantas que têm rizóides pouco desenvolvidos e que permanecem flutuando submergidas na água em locais de poça turbulência . Geralmente ficam presas aos pecíolos e talos das macrófitas aquáticas de folhas flutuantes e nos caules das macrófitas emersas.Ex.:
Utriculária ( Utricularia foliosa L.)
Planta aquática submersa de mananciais de água parada e rasa, possuindo armadilhas para aprisionar pequenos insetos o outras formas de animais.Facilmente reconhecida no ambiente aquático pelo aspecto filiforme de suas inflorescências que emergem à superfície da água.


  • MACRÓFITAS AQUÁTICAS FLUTUANTES: são aquelas que flutuam na superfície da água. Geralmente seu desenvolvimento máximo ocorre em locais protegidos pelo vento.Ex.:
Aguapé ( Eichhornia crassipes)
Planta perene, aquática flutuante, de caule curto e inflado, com tufo de raízes finais de até 60 cm de comprimento, nativa da Amazônia. É considerada a mais séria planta daninha aquática existente no país, devido a sua rápida proliferação e desenvolvimento, além de suas raízes abrigarem os caramujos transmissores da esquistossomose.


Outros exemplos: Salvinia, Pistia, Lemna e Azolla etc.

A alta produtividade das macrófitas aquáticas é um dos principais motivos para o grande numero de nichos ecológicos e a grande diversidade de espécies animais encontradas na região litorânea, constituindo-se, desta maneira, num dos compartimentos mais complexos dos ecossistemas aquáticos continentais ( PERFOUND,1956 e BERNATOWICZ, 1969).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

PERFOUND, W.T. Primary production of vascular aquatic plants. Limonol Oceong, 1956
BERNATOWICZ,S Macrophytes in tem lake Warnisk and their chemical composition, Ekol Pol, 1969
ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Ed. Interciência, 1998
LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. São Paulo: Nova Odessa, 2000

Turismo na Amazônia: Presidente Figueiredo, a terra das cachoeiras


Imagine-se num lugar assim: Florestas, rios, cachoeiras e cascatas, um mundo mágico que a natureza reservou para você. Presidente Figueiredo nasceu com vocação natural para o turismo. A Terra das Cachoeiras tem trilhas para caminhadas na selva, visita às cavernas, passeios de barco no lago de Balbina, visita à Hidroelétrica e tantas outras opções que incluem o turismo ecológico e de aventura. O município de Presidente Figueiredo foi criado em 1981 e recebeu este nome em homenagem ao primeiro Presidente da Província do Amazonas, João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha (1798-1861).
Localizado a 107 Km ao norte de Manaus, com acesso pela BR 174, esse pedaço de paraíso amazônico tem uma área de 24.781 km² distribuída em reservas ecológicas, reserva indígena, mineração, hidroelétrica e uma exuberante floresta onde a natureza foi pródiga em esconder os rios, os igapós e as cachoeiras. O município de Presidente Figueiredo está situado a longitude 60o Oeste de Greenwich e Latitude de 02 o sul, com altitude de 120 m.
O Lago de Balbina foi proporcionado pela construção da barragem da hidroelétrica de Balbina, localizado no Município de Presidente Figueiredo, 180 km de Manaus, no Rio Uatumã, um dos afluentes do Rio Amazonas.
O Clima é quente e úmido com temperatura média entre 25o C e 35o C.
A Vegetação é formada pela Floresta Tropical e há grande predominância de terras acidentadas, e o solo apresenta características arenosa nas áreas mais altas e argila nas áreas mais baixas.
O Rio Uatumã é conhecido pelos principalmente na época da pesca do Tucunaré durante os meses de Setembro a Dezembro, mas a pesca no lago de Balbina pode ser realizado o ano todo sendo excelente para iniciantes.
O Centro de Pesquisa de Quelônios e Mamíferos Aquáticos da Manaus Energia (tartaruga, peixe boi e ariranhas), Centro de Aquacultura do IDAM, que realiza o repovoamento da lagoa afetada pela construção da Hidroelétrica e o Centro de Pesquisas Arqueológicas que trabalhou no resgate do sítio arqueológico antes do processo de inundação. O Centro de Proteção Ambiental merece sua visitação pelo vasto acervo de peças arqueológicas e coleção de animais empalhados.

  • TURISMO:
CACHOEIRA DOS LAGES- Localização: À margem direita da BR 174, Km 113, sendo 4 cachoeiras distribuídas em 1.500 m em trilha no interior da mata.

CACHOEIRA DA PEDRA LASCADA - Localização: À margem direita da BR 174, Km 113, a 1.700 m em trilha no interior da mata. Dentro da área dos lages.

CACHOEIRA DE IRACEMA - Localização: À margem esquerda da BR 174, Km 115, a 400 m em ramal Cachoeira do Santuárioempiçarrado.

CACHOEIRA DAS ARARAS - Localização: A 1.500 m após a cachoeira de Iracema, em trilha no interior da mata. Dentro da área da Cachoeira de Iracema.

CACHOEIRA DA SUFRAMA - Localização: Localizada a margem direita da BR-174, Km 96, a 200 m em trilha no interior da mata

CACHOEIRA DO SANTUÁRIO - Localização: Localizada a margem direita da rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 12, a 1. 200 m em ramal empiçarrado no interior da mata.
CORREDEIRA DO URUBUÍ - Localização: Margem esquerda da BR 174, Km 107, a 300 m da estrada principal.


CORREDEIRA DO BARRETO/BALNEÁRIO BARRETO - Localização: Localizada a margem direita da rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 65, (Igarapé do Barreto).

CORREDEIRA SANTA BÁRBARA - Localização: localizada no Km 9 do ramal do Urubuí, a 300 m. em trilha no interior da mata.

CORREDEIRA SÍTIO SANTA LÚCIA - Localização: Localizada a margem esquerda da Rodovia BR-174, Km 113, a 50 m em trilha empiçarrada.

CORREDEIRA PANORAMA - Localização: Localizada a margem esquerda da Rodovia BR-174, Km 109, a 300 m em trilha na selva.

CORREDEIRA/BALNEÁRIO ÁGUA VIVA - Localização: Localizado na margem direita da Rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 12, a 100 metros em trilha.

CORREDEIRA DO UIRAPURU - Localização: Localizado na margem esquerda da Rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 32, 3 Km de ramal empiçarrado, e caminhada em trilha.
Entrada da Caverna do Maruaga

CAVERNA REFÚGIO DO MAROAGA
- Localização: Localizada a margem direita da rodovia AM-240, acesso a Balbina Km 6, a 600 m em trilha conservada.

CAVERNAS DE IRACEMA
- Localização: Localizada a margem esquerda da rodovia BR-174, Km 115, a 4000 m. em ramal empiçarrado no interior da Fazenda Iracema. Dentro da área da Cachoeira de Iracema.

CAVERNA DAS ARARAS
- Localização: Localizada a 1500 m. após a Cachoeira de Iracema em trilha margeando o Rio Urubuí. Dentro da área da Cachoeira de Iracema.

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Fotos e texto disponível no site: www.viverde.com.br

Pesca na Amazônia: Pesca No Lago de Tucuruí


O maior Lago artificial do Brasil, originado do represamento do Rio Tocantins para a geração de energia da hidrelétrica de Tucuruí. Localiza-se no sudoeste do estado do Pará.
O lago começou a encher em 1985, deste então ocorreram mudanças significativas na região, pois os pequenos rios e igarapés que desaguavam no Tocantins, eram considerados de altíssima piscosidade, com a inundação destes “braços”, os peixes passaram a ter bastante água durante o ano todo, motivo que levou a proliferação do tucunaré em toda a extensão (2.875 km²) do lago, e isto tem transformado o lago, em um excelente local para a prática da pesca esportiva.
De natureza selvagem, onde encontramos inúmeras ilhas com mata virgem, diversos animais selvagens como: veados, patos selvagem, pássaros, jacarés e outros.

A grande extensão do lago possibilitou-nos a escolha de ótimos locais para a prática da pescas esportivas, locais estes distantes dos pequenos vilarejos existente nas margens, mantendo assim bom resultado em nossas pescarias.
Por se tratar de um lago artificial, a profundidades em determinados pontos é grande, assim exigindo que o pescador use todo o seu conhecimento para alcançar seu objetivo.
A pesca pode ser praticada tanto com isca artificial como com natural, pois em pontos com fundo rochoso (antigo leito do rio Tocantins), encontramos grandes bagres e outros peixes, porém o peixe predominante é o tucunaré, que em média chega a alcançar 4,5 lb.
Nesta aventura encontramos locais como o "lourenção", um enorme pedral no rio Tocantins há poucas horas da sede do município de Marabá ou ainda podemos subir o rio em direção ao encontro dos rios Tocantins e Araguaia, são locais onde podemos encontrar peixes como: cachorra, barbados, jaús, pirarara, pacu, caranha(Pirapitinga) e o tucunaré.


Geralmente em Julho ou Agosto ocorre em Tucuruí o TOPAM que é um dos maiores eventos de pesca esportiva do país e ao longo desses dez anos, atrai turistas do mundo inteiro. Os participantes têm a oportunidade de ver de perto o que a natureza nos fornece. A finalidade do TOPAM é pescar e soltar, assim proporcionar ao participante a satisfação em ter em suas mãos, mesmo que por alguns instantes, um dos peixes mais lutadores da Amazônia e mais esportivos do Brasil: o Tucunaré.
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FOTOS DO AMAZON PESCA

Titanus giganteus "O Rei dos Besouros"

 ANIMAL WORLD 

Um dos maiores insetos, e provavelmente o maior besouro do mundo, é o Titanus giganteus. Ele mede de 15 cm a 16 cm, mas pode alcançar, segundo alguns especialistas, até 20 cm de comprimento. Esse besouro vive nas florestas da Amazônia e é uma espécie r elativamente rara. Embora os estudiosos conheçam pouco sobre seus hábitos, sabe-se que as larvas se criam no interior de grandes troncos caídos, alimentando-se da madeira em decomposição. Elas levam vários meses para se transformar em adultos. Estes, po r sua vez, têm uma vida muito curta, cerca de dois meses, praticamente não se alimentam, voam na época do acasalamento e morrem logo após a reprodução. Vez ou outra, os insetos podem ser atraídos, à noite, por feixes de luz intensa. O Titanus giganteu s pertence aos Cerambycidae, família que reúne besouros designados popularmente como serra-paus. Mas também há outras espécies muito grandes de serra-paus. Uma delas é a Macrodontia cervicornis, espécie endêmica da América do Sul, que alcança 16 cm de comprimento quando se mede a partir da ponta das enormes mandíbulas dos machos. Algumas espécies de outra família, Scarabaeidae, também são muito grandes. Uma delas é a Dynastes hercules, que habita as Américas Central e do Sul na região tropical. Esses insetos têm dois cornos longos, um na cabeça e outro no dorso, que formam uma espécie de pinça. Eles também atingem 16 cm de comprimento e pesam até 37,5 g.

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Disponível no site da Revista Galileu: http:/www.galileu.globo.com