Sustentabilidade & Energia
Painéis solares flutuantes previstos
para o Japão no reservatório de Yamakura Dam, a leste de Tóquio.
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As massas de água não são necessariamente algo para serem usadas como
construções, mas em lugares onde o
espaço físico é algo extremamente escasso como no Japão, o aproveitamento de áreas aquáticas (principalmente marítimas) são também aproveitadas, além de aterros e praias artificiais, a tendência é a construção de usinas de energia solar flutuantes.
A maior fábrica flutuante, em termos de produção, em breve será colocada em
funcionamento no reservatório do Japão
Yamakura Dam na província de Chiba, a leste de Tóquio. Quando concluída em
março de 2016, irá cobrir 180 mil metros quadrados, são 50.000 painéis solares que
terá energia suficiente para atender cerca de 5.000 famílias, além de compensar
cerca de 8.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano.
A Kyocera Corp, uma grande empresa de painéis solares japonês, fez uma
parceria com Century Tokyo Leasing e a gigante francesa de energia renovável
Ciel et Terre para ajudar a alcançar os ambiciosos planos. Desde agosto 2012
Kyocera Corp e Century Tokyo Leasing têm vindo a trabalhar para seu objetivo de
instalação de 93 megawatts de energia solar.
"No geral, esta é uma ideia muito interessante. Se for bem sucedido,
ele vai trazer um impacto enorme", diz Yang Yang, professor de engenharia
da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que é especializado em painéis
solares fotovoltaicos. "No entanto, eu tenho preocupações quanto à sua
segurança contra as tempestades e outras catástrofes naturais, para não
mencionar a corrosão."
Ao contrário de uma instalação solar no chão ou montada em um telhado, os
painéis flutuante apresentam relativamente novas dificuldades. Por um lado,
tudo precisa ser impermeabilizado, incluindo os painéis e fiação. Outro
obstáculo seria as ameaças onipresente no Japão de desastres naturais. Além de
tufões, o Japão é um hot spot global para terremotos, deslizamentos de
terra e maremotos.
Para certificar-se que as plataformas poderiam suportar os caprichos da Mãe
Natureza, a equipe de pesquisa e desenvolvimento Ciel et de Terre (empresa
francesa responsável pelo projeto) trouxeram equipamentos do laboratório
aeroespacial francesa, que fazem os painéis resistirem a ventos de até 118
km/h.
Fabricantes de painéis solares flutuantes espera suas criações substituir fontes de energia
mais controversas.
"O Japão precisa de novas
fontes de energias renováveis independente, após o desastre de Fukushima",
diz Pauly (gerente de negócios internacionais na Ciel et Terre). Segundo a
empresa responsável o objetivo é de construir fontes de energia flutuantes que
conservam em um certo espaço limitado, pois são mais baratos do que os painéis
solares em terra firma, e são, acima de tudo, eficiente.
O governo japonês tem implementado uma série de políticas a acelerar a
instalação de painéis solares japoneses no país, com uma série de programas.O projeto Yamakura Dam pode ser a maior central solar flutuante do
mundo, mas certamente não será a última.
Referências:
- Japanese Solar Panels Set To Float. Solargain. Disponível em: http://www.solargain.com.au/japanese-solar-panels-set-float. Acesso em: 07/03/2015.
- LUFKIN, Bryan. Solar Panels Floating on Water Will Power Japan's Homes.National Geographic. 2015. Disponível em: http://news.nationalgeographic.com/news/energy/2015/01/150116-floating-solar-power-japan-yamakura/. Acesso em: 08/03/2015.
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